A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), detida na terça-feira (29.jul.2025) em Roma, será submetida a interrogatório pelas autoridades italianas na sexta-feira (1º.ago.2025). Atualmente, ela está no presídio feminino de Rebibbia, após ser condenada no Brasil pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por envolvimento na tentativa de invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Zambelli deixou o Brasil em junho de 2025, após a condenação, e foi incluída na lista vermelha da Interpol em 5 de junho, passando a ser procurada em 196 países. A prisão foi realizada com apoio da Adidância Policial em Roma, em colaboração com a Polícia Federal (PF), autoridades italianas e a Interpol. Segundo nota da PF, a operação foi conduzida em cooperação internacional.
No interrogatório, as autoridades italianas perguntarão se Zambelli aceita retornar voluntariamente ao Brasil. Caso concorde, o processo de extradição será simplificado e rápido. Caso recuse, o que é considerado mais provável, será iniciado um procedimento formal de extradição. Nesse cenário, a Justiça italiana decidirá a medida cautelar a ser aplicada durante o trâmite: liberdade, prisão domiciliar ou permanência no presídio.
Se a deputada continuar se recusando a voltar ao Brasil, o Ministério da Justiça brasileiro deverá formalizar um pedido de extradição, encaminhado por vias diplomáticas à Itália. O caso será analisado pela Corte de Apelação da região onde Zambelli foi detida, que verificará se os requisitos legais para a extradição estão atendidos. A defesa da deputada poderá apresentar argumentos contra o pedido. Se aprovado pela Corte, o processo segue para o Ministério da Justiça italiano, que tomará a decisão final com base no artigo 708 do Código de Processo Penal Italiano, considerando fatores jurídicos, diplomáticos e políticos.
Declarações e contexto da prisão
De acordo com o advogado Fábio Pagnozzi, Zambelli informou seu endereço às autoridades italianas, negou ser foragida e pediu para não ser deportada, alegando ser vítima de “perseguição política”. A deputada fugiu para a Itália após a condenação pelo STF, relacionada à tentativa de invasão ao sistema do CNJ.
Se a extradição for aprovada, Zambelli será transferida ao Brasil para cumprir a pena imposta. O caso segue em andamento, com desdobramentos que dependem das decisões judiciais na Itália e da postura da deputada frente ao processo.
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