As declarações de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), feitas em uma live no domingo (21/07), geraram forte reação no Supremo Tribunal Federal (STF). O deputado afirmou que trabalhou para evitar que os ministros Luís Roberto Barroso, presidente da Corte, e Gilmar Mendes, seu decano, fossem incluídos nas sanções financeiras aplicadas pelos Estados Unidos contra Alexandre de Moraes, com base na Lei Magnitsky. Segundo ele, o objetivo era “dar mais tempo” para que ambos reconsiderassem suas posturas.
Na visão de grande parte dos magistrados do STF, as palavras de Eduardo representam uma escalada nas ameaças contra a Corte. Ele condicionou a exclusão de Barroso e Mendes de futuras sanções a duas demandas: a concessão de anistia irrestrita a Jair Bolsonaro e seus aliados e a saída de Alexandre de Moraes do STF. Ambas as exigências foram categoricamente rejeitadas pelos ministros, especialmente a remoção de um colega da Corte.
Em resposta às sanções impostas pela administração de Donald Trump a Moraes, o STF divulgou uma nota na quarta-feira (30), afirmando que “não se desviará de cumprir a Constituição”. Sobre as investigações envolvendo Jair Bolsonaro na trama golpista, a Corte destacou que “foram encontrados indícios graves da prática dos referidos crimes, inclusive de um plano que previa o assassinato de autoridades públicas”.
A tentativa de aliados de Jair e Eduardo Bolsonaro de amenizar as tensões com o STF, usando o suposto “gesto” de proteger Barroso e Mendes, não surtiu o efeito esperado. Pelo contrário, membros do PL que tentavam mediar a relação com o tribunal reconheceram que a estratégia falhou. O movimento intensificou a união dos ministros em apoio a Moraes e aumentou o temor de que Jair Bolsonaro enfrente consequências mais severas nas ações judiciais em curso.
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