A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foi detida em Roma, na Itália, em 29 de julho de 2025, pela Interpol. Foragida desde junho, ela é acusada de falsidade ideológica e participação em um ataque hacker ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou, em 31 de julho, que a Advocacia-Geral da União (AGU) acompanhe o processo de extradição da parlamentar, conforme despacho oficial.
Zambelli, que está no presídio de Rebibbia, em Roma, passará por uma audiência de custódia em 1º de agosto. A Justiça italiana decidirá se ela permanecerá detida, será transferida para prisão domiciliar ou aguardará o trâmite da extradição em liberdade. O pedido de extradição foi formalizado pelo governo brasileiro, com documentos enviados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) ao Itamaraty em 11 de junho, e posteriormente à chancelaria italiana. Na Itália, o caso será avaliado pelo Ministério da Justiça local e por um tribunal, com base nos artigos 697 a 711 do Código de Processo Penal italiano.
A condenação de Zambelli, proferida em maio, decorre de sua atuação com o hacker Walter Delgatti Neto, que invadiu o sistema do CNJ para emitir um falso mandado de prisão contra Moraes. Além da pena de prisão, a deputada enfrenta um processo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, relatado por Diego Garcia (Republicanos-PR), que pode resultar na perda de seu mandato. Para evitar a cassação automática, Zambelli solicitou uma licença de 127 dias, com término previsto para 16 de outubro. Caso não retorne, poderá ter o mandato cassado, decisão que exige 257 votos no plenário.
Em 7 de junho, Moraes ordenou:
- “prisão definitiva para cumprimento de pena em regime fechado”;
- “extração do acórdão para fins de execução da multa”;
- “envio dos documentos necessários ao MJ para formalizar o pedido de extradição de Zambelli”;
- “comunicação à Câmara a respeito da perda do mandato”.
O STF informou a Polícia Federal sobre a prisão em 29 de julho, e a inclusão de Zambelli na lista vermelha da Interpol ocorreu em 5 de junho. A AGU agora monitorará o andamento do processo de extradição e atualizará o Supremo conforme necessário.
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