Relatório dos EUA aponta aumento da violência policial em São Paulo e critica Moraes

Documento destaca mortes na Baixada Santista e questiona arquivamento de denúncias no governo Tarcísio
Por: Brado Jornal 13.ago.2025 às 07h56
Relatório dos EUA aponta aumento da violência policial em São Paulo e critica Moraes
Imagem: Bruno Escolastico/Estadão Conteúdo
Um documento do Departamento de Estado dos EUA, divulgado na terça-feira (12), denuncia a deterioração dos direitos humanos no Brasil, com foco na violência policial em São Paulo durante a gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). O relatório, elaborado sob o governo de Donald Trump, cita operações policiais na Baixada Santista, como as operações Escudo e Verão, que resultaram em pelo menos 28 mortes em 2023.

O texto aponta “execuções extrajudiciais” e critica o Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente o ministro Alexandre de Moraes, por supostas restrições à liberdade de expressão. Sobre a violência policial, o relatório afirma: “Houve diversos relatos de homicídios arbitrários ou ilegais cometidos pela polícia durante o ano. Alguns homicídios foram atribuídos a uma operação policial contra organizações criminosas transnacionais no estado de São Paulo, no primeiro semestre do ano, e a uma operação policial realizada de julho de 2023 a abril na Baixada Santista.”

Dados do Mapa da Segurança Pública de 2025, do Ministério da Justiça, revelam que a letalidade policial em São Paulo cresceu 61,31% em 2024, com 4 em cada 10 assassinatos no estado atribuídos a policiais. O caso de Fabio Oliveira Ferreira, morto em 28 de julho de 2023, é destacado no documento. Segundo investigações, o capitão Marcos Correa de Moraes Verardino disparou três tiros de fuzil contra Ferreira, que estava com as mãos levantadas, enquanto o cabo Ivan Pereira da Silva efetuou dois disparos no tórax da vítima já caída.

O Ministério Público de São Paulo (MPSP), sob a liderança do Procurador-Geral Paulo Sérgio de Oliveira e Castro, arquivou em julho de 2025 todas as denúncias relacionadas às mortes nas operações Escudo e Verão. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo foi procurada pela CNN, mas não respondeu até o momento. O espaço permanece aberto para manifestações.


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