O líder evangélico Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, manifestou indignação contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou sua inclusão em um inquérito conduzido pela Polícia Federal. A investigação, iniciada em maio de 2025, apura supostas ações de obstrução de justiça, coação no curso de processos judiciais e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O caso também envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o comentarista Paulo Figueiredo.
Em um vídeo amplamente compartilhado nas redes sociais em 14 de agosto de 2025, Malafaia expressou surpresa e revolta com a medida. “Não tenho medo, pode vir me investigar, é isso que Alexandre de Moraes tem feito nesses quatro anos, nesse inquérito que é uma farsa de pseudo golpe. Quem vai parar isso? Que país é esse? Que democracia é essa? É uma vergonha e se preparem, eu vou botar para quebrar”, declarou o pastor.
Organização de ato pró-Bolsonaro e críticas ao STF
Malafaia foi responsável pela organização de uma manifestação em apoio a Jair Bolsonaro em 3 de agosto de 2025, na Avenida Paulista, em São Paulo. Durante o evento, Bolsonaro participou por meio de um vídeo transmitido em redes sociais de terceiros, o que levou à decretação de sua prisão domiciliar no dia seguinte, por decisão de Moraes. Segundo a GloboNews, a inclusão de Malafaia no inquérito está relacionada a esse ato e a supostas ações contra o STF, autoridades públicas e tentativas de obter sanções internacionais contra o Brasil.
O pastor, conhecido por suas críticas contundentes ao Supremo, também questionou a conduta de Moraes em outros episódios. Em um vídeo publicado em 14 de agosto, ele acusou o ministro de manter a delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-assessor de Bolsonaro, apesar de supostas irregularidades. “O coronel Cid, usando a rede social da mulher, detona a própria delação, dizendo que Alexandre Moraes é um cão de guarda, que não está nem aí para provas, que é protegido pelo STF, que o delegado federal tentou induzi-lo e colocar palavras na sua boca, que jamais ele falou que Bolsonaro deu o golpe”, afirmou Malafaia.
Malafaia também criticou o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Congresso, por não avançar com pedidos de impeachment contra Moraes. “Senhor Rodrigo Pacheco, qual legado o senhor vai deixar para sua família e para as outras gerações? O senhor está sentado em cima do impeachment de Alexandre de Moraes”, disse o pastor durante ato na Avenida Paulista em 7 de setembro de 2025.
Em outra ocasião, durante um ato bolsonarista em Copacabana, no Rio de Janeiro, em 16 de março de 2025, Malafaia chamou Moraes de “criminoso” e questionou sua imparcialidade na condução do inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado. “As nações democráticas do mundo não toleram a falta de liberdade dos povos”, afirmou, em referência a sanções internacionais.
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