Rui Costa rebate críticas dos EUA ao Mais Médicos e defende soberania brasileira

Ministro classifica sanções como desinformação e destaca composição nacional do programa
Por: Brado Jornal 18.ago.2025 às 08h26
Rui Costa rebate críticas dos EUA ao Mais Médicos e defende soberania brasileira
Foto: José Cruz/Agência Brasil
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, declarou nesta sexta-feira, 15 de agosto de 2025, que as críticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao programa Mais Médicos são um “ataque infundado” baseado em informações falsas. Em postagem no X, Costa questionou se a sanção norte-americana, que revogou vistos de profissionais ligados ao programa por suposta contratação de médicos cubanos, seria “desinformação ou provocação premeditada”. Ele destacou que o Brasil não mantém vínculos com Cuba no programa desde 2018.

“Hoje, a realidade é diferente. A última seleção do Mais Médicos foi composta por mais de 90% de profissionais com CRM no Brasil. Ou seja: o discurso norte-americano, além de falso, é mal-intencionado”, afirmou o ministro. Ele acrescentou que, caso os EUA tenham elegido um presidente que “não gosta do Brasil e prefere minar as relações” bilaterais, o país não irá “adular”, mas buscará “acelerar a integração com outros parceiros estratégicos no cenário internacional”.

Entenda o caso

Na quarta-feira, 13 de agosto de 2025, os Estados Unidos revogaram vistos de funcionários e ex-funcionários do governo brasileiro, ex-funcionários da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) e seus familiares, alegando envolvimento em um “esquema coercitivo de exportação de mão de obra do regime cubano”. Segundo o Departamento de Estado, o programa Mais Médicos teria enriquecido o “corrupto regime cubano” e privado Cuba de cuidados médicos essenciais, explorando médicos cubanos por meio de trabalho forçado. O comunicado cita Mozart Julio Tabosa Sales, atual secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-Assessor de Relações Internacionais do Ministério da Saúde, ex-diretor de Relações Externas da Opas e atual coordenador-geral da OTCA para a COP30.

“Como parte do programa Mais Médicos, essas autoridades usaram a Opas como intermediária da ditadura cubana para implementar o programa sem seguir os requisitos constitucionais brasileiros, driblando as sanções dos EUA a Cuba e, conscientemente, pagando ao regime cubano o que era devido aos profissionais de saúde cubanos”, diz o comunicado, que também menciona relatos de médicos cubanos sobre exploração no programa.




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