A deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP), detida na Itália desde 29 de julho de 2025, terá uma nova audiência na Justiça italiana nesta quarta-feira (27) para tratar de seu processo de extradição. O caso está relacionado a uma condenação do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou 10 anos de prisão por invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A decisão do STF é definitiva, e a extradição depende agora do desfecho na Itália.
Zambelli também foi condenada na última sexta-feira (22) pelo STF a 5 anos e 3 meses de prisão por perseguição armada contra um apoiador do presidente Lula, ocorrida na véspera do segundo turno das eleições de 2022. Nesse caso, a defesa ainda pode apresentar recurso.
Os advogados da deputada têm solicitado sua soltura na Justiça italiana, alegando problemas de saúde. No processo da perseguição armada, a defesa argumentou que não houve crime, já que Zambelli possuía porte legal de arma. “[A questão deveria ser analisada] à luz do estado emocional da acusada, que estava em situação de preocupação e temor por sua segurança e a de seu filho, em razão do recebimento, na noite anterior aos acontecimentos, de diversas mensagens no celular com conteúdo criminoso, incluindo ameaças de morte”, declarou a defesa.
Condenações e detalhes dos processos
No caso da invasão ao CNJ, Zambelli foi sentenciada a 10 anos de prisão por crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica, além de indenização de R$ 2 milhões por danos morais e coletivos, a ser paga junto com o hacker Walter Delgatti, também condenado. A Procuradoria-Geral da República acusou a deputada de orientar Delgatti a invadir os sistemas do CNJ para inserir documentos falsos, incluindo um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, com o objetivo de desacreditar o Judiciário e incitar atos antidemocráticos. A defesa negou a participação de Zambelli, alegando falta de provas de que ela instigou os crimes.
Já no processo da perseguição armada, Zambelli foi condenada por apontar uma arma para um homem nos Jardins, em São Paulo, em 2022. O STF, seguindo o voto do relator, ministro Gilmar Mendes, considerou-a culpada e determinou a perda de seu mandato parlamentar. A defesa ainda pode recorrer dessa decisão.
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