Senador Ciro Nogueira pede auditoria do TCU para apurar prejuízos nos Correios sob gestão atual

Governo Lula ignora perdas bilionárias na estatal, afirma parlamentar
Por: Brado Jornal 10.set.2025 às 08h28
Senador Ciro Nogueira pede auditoria do TCU para apurar prejuízos nos Correios sob gestão atual
(Pedro França/Agência Senado)
O senador Ciro Nogueira (PP-PI) manifestou críticas aos resultados financeiros dos Correios e informou que solicitou uma investigação ao TCU (Tribunal de Contas da União) sobre a administração da empresa pública. Em publicação feita em sua conta no X (antigo Twitter), na terça-feira (9), ele destacou um relatório sobre o balanço do primeiro semestre de 2025, que registrou déficits maiores do que o total acumulado em todo o ano anterior. “Em 2024, bateram o recorde de prejuízos nos Correios. Mas, como sempre é possível piorar com o PT, bastaram 6 meses de 2025 para gerar um rombo maior que o de todo o ano passado”, escreveu o parlamentar.

Nogueira acusou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de desinteresse pela solução dos problemas na companhia. “Infelizmente, Sidônio não incluiu cuidar do dinheiro do contribuinte na agenda de ‘soberania nacional’, por isso não veremos Lula falando sobre isso. Mas, se o governo não se importa, nós nos importamos. Já pedi ao TCU que audite os Correios e investigue esse desastre de gestão”, completou ele em sua postagem.

De acordo com o demonstrativo divulgado pela estatal em 2 de setembro de 2025, os Correios acumularam um prejuízo de R$ 4,4 bilhões no período de janeiro a junho deste ano, valor superior aos R$ 2,6 bilhões de perda registrados em 2024 inteiro – que, por sua vez, representou o quádruplo do déficit de 2023. Os números refletem uma receita de R$ 8,9 bilhões contra despesas de R$ 13,4 bilhões, com queda de 9,5% na arrecadação em relação ao mesmo intervalo de 2024 e elevação expressiva nos custos administrativos e financeiros.

As complicações econômicas culminaram no anúncio de renúncia do presidente da empresa, Fabiano Silva dos Santos, em julho de 2025. Ele defendia maior aporte de recursos, mas enfrentava questionamentos em meio aos prejuízos crescentes.


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