A presidente nacional do PSOL, Paula Coradi, informou que seu visto para entrada nos Estados Unidos foi cancelado pelo consulado norte-americano. A decisão, comunicada oficialmente na sexta-feira, 26 de setembro de 2025, veio após uma notificação inicial enviada na segunda-feira, 22 de setembro, na qual a representação diplomática alegou ter “obtido informações” que tornariam Coradi inelegível para entrar no país, sem fornecer detalhes específicos.
Segundo o PSOL, a revogação foi fundamentada na seção 221(i) da Lei de Imigração e Nacionalidade dos EUA, que permite a anulação de vistos mesmo após sua emissão. Coradi teve três dias úteis para apresentar explicações, e, embora tenha enviado uma resposta na quinta-feira, 25 de setembro, o consulado manteve a decisão. A líder afirmou que o cancelamento é uma “evidente retaliação política” do governo de Donald Trump à “firme atuação do PSOL em defesa da soberania do Brasil”.
Em nota, o partido expressou repúdio, classificando a medida como “perseguição e intimidação”. “O partido se solidariza com sua presidenta e reafirma seu compromisso com a defesa da democracia, da soberania nacional e da luta contra as políticas arbitrárias de governos estrangeiros”, declarou a sigla. Coradi destacou não possuir antecedentes criminais, nem envolvimento em atividades ilícitas, e sempre ter fornecido informações verdadeiras em seus pedidos de visto. “Se pensam que vão nos intimidar com essas medidas tacanhas, esses fascistas estão muito enganados”, escreveu nas redes sociais.
O visto cancelado havia sido emitido em 2018, e Coradi solicitou uma nova autorização após perder o passaporte com o documento válido, em preparação para uma viagem a Chicago em 2025, onde participou de um evento com lideranças de esquerda dos EUA. A revogação afeta sua agenda internacional, incluindo articulações em eventos de direitos humanos.
Além de Coradi, o governo Trump revogou vistos de outras autoridades brasileiras, como o ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, e ex-integrantes da Justiça, em um contexto de tensões bilaterais. As medidas são justificadas pelos EUA com base em questões como a ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e alegações de violações à liberdade de expressão.
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