O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) designou o deputado federal Guilherme Boulos (PSol-SP) como novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, em anúncio realizado na segunda-feira, 20 de outubro. A oficialização da nomeação está prevista para publicação no Diário Oficial da União desta terça-feira, 21 de outubro. Boulos, conhecido por sua atuação à frente do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), substituirá Márcio Macêdo, que ocupava o cargo desde o início do terceiro mandato de Lula, em 2023. (Crédito: Ricardo Stuckert / PR)A Secretaria-Geral da Presidência desempenha um papel central na coordenação entre o governo e movimentos sociais, uma prioridade na estratégia política do atual governo. A escolha de Boulos é vista como um movimento para fortalecer a relação com setores populares, em um momento de desafios internos e pressões por maior representatividade de aliados no governo.
Fontes do Palácio do Planalto informam que Lula se reuniu com Macêdo na manhã do anúncio para discutir a transição do cargo.
Peso político da nomeação
A indicação de Boulos tem relevância estratégica. Sua trajetória como líder do MTST e sua projeção como figura de destaque no PSol conferem à nomeação um peso simbólico para reaproximar o governo de bases sociais que foram cruciais na eleição de 2022. Segundo interlocutores próximos ao presidente, a decisão visa uma “reaproximação simbólica” com esses grupos, que, em parte, manifestaram insatisfação com a condução do diálogo por Macêdo. O ex-ministro, fundador do PT em Sergipe, enfrentava críticas pela suposta falta de interlocução com movimentos sociais.
A nomeação, no entanto, pode gerar tensões dentro do PSol, que busca manter certa independência em relação ao governo federal. Apesar disso, a entrada de Boulos no primeiro escalão aumenta sua visibilidade nacional, consolidando-o como uma liderança de peso no cenário político.
Contexto adicional
Além da articulação com movimentos sociais, a Secretaria-Geral da Presidência também auxilia na formulação de políticas públicas e na integração de demandas populares ao planejamento governamental. A escolha de Boulos ocorre em um momento em que o governo busca consolidar sua base de apoio, equilibrando interesses de aliados históricos e novos parceiros políticos. A nomeação também coincide com outras movimentações, como a possível indicação de Messias para o Supremo Tribunal Federal (STF), antes de uma viagem presidencial à Ásia.
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