Deputados federais e senadores do Partido Liberal (PL) participam nesta segunda-feira (24/11) de uma reunião fechada na sede nacional da legenda, em Brasília, ao lado do presidente do partido, Valdemar Costa Neto. O objetivo principal do encontro é definir a estratégia da bancada após a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), decretada no sábado (22).
Parte dos parlamentares também esteve, mais cedo, em um hotel na capital federal para outro alinhamento interno, que deve terminar com uma coletiva de imprensa.
O principal tema em discussão é o projeto de lei que trata da anistia (ou redução de pena) aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A proposta teve regime de urgência aprovado pela Câmara dos Deputados em 17 de setembro e, desde então está com o relator Deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), que alterou o texto original para prever apenas diminuição de penas, excluindo o perdão total.
A decisão de quando o projeto irá ao Plenário cabe ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Lideranças do Centrão consultados pela reportagem afirmam que a matéria não deve ser votada nesta semana, mas destacam que o calendário final dependerá das conversas que Motta ainda terá com os líderes partidários.
O líder do PL na Câmara, Deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), disse que não fala com Hugo Motta desde a votação do Marco Legal do Combate ao Crime Organizado, em 18 de novembro.“Desde fevereiro, é meu único pedido”, afirmou Sóstenes ao ser perguntado sobre o andamento da anistia. Para ele, a prisão de Bolsonaro “não altera nada” no ritmo do projeto.
Na semana passada, em entrevista à CNN Brasil, Hugo Motta declarou que a Câmara deve retomar o debate sobre a anistia “nos próximos dias”. Até o momento, o presidente da Casa não se pronunciou publicamente sobre a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro.
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