A construção do Hospital Regional de Alagoinhas, prevista para ser entregue em janeiro de 2026, volta a gerar questionamentos sobre a relação do poder público municipal com empresas contratadas pelo Estado. Embora a obra esteja com 84% de execução, o foco das críticas recai sobre a participação da QG Construções, uma das empresas responsáveis pelo empreendimento, e seu vínculo familiar com o atual prefeito, Gustavo Carmo.
A QG Construções integra o Consórcio Saúde Alagoinhas, vencedor da licitação de 2023 que destinou mais de R$ 161 milhões à construção do hospital. Um dos sócios da empresa é Guilherme Carmo, primo do hoje prefeito. À época do resultado da licitação, Gustavo ainda era secretário de Educação e já se posicionava como o nome escolhido pelo então prefeito Joaquim Neto para a sucessão municipal.
O parentesco voltou ao centro do debate agora que Gustavo administra a cidade e acompanha de perto a execução da obra. Críticos apontam que, embora o contrato tenha sido firmado pelo governo estadual, a presença de uma empresa ligada a um familiar do prefeito em uma obra de grande porte levanta dúvidas sobre influência política e favorecimento indireto.
A situação é agravada pelo histórico da própria QG Construções com o poder público de Alagoinhas. Em 2012, o Tribunal de Contas dos Municípios determinou o encerramento de um contrato da empresa com a prefeitura devido ao parentesco entre um de seus sócios e membros do governo municipal da época. A reincidência de vínculos familiares em contratos públicos reforça o questionamento sobre a lisura das relações.
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