Nesta quinta-feira (4), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e sua filha caçula, Laura, de 15 anos, estiveram na Superintendência da Polícia Federal em Brasília para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que permanece detido desde 22 de novembro por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, no inquérito sobre suposta trama golpista.
O encontro, autorizado pelo próprio Moraes, durou cerca de 30 minutos. Michelle e Laura chegaram às 9h30 e deixaram o local por volta das 10h40. A ex-primeira-dama entrou carregando uma Bíblia e vestindo uma blusa azul com a bandeira de Israel. Por ser menor de idade, a adolescente precisou estar acompanhada.
No mesmo dia, o ministro também liberou a visita do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, mas ele não compareceu. Carlos havia solicitado que o encontro fosse transferido para domingo (7), quando completa 43 anos, pedido que foi negado por Moraes.
Na terça-feira (2), o vereador participou de evento em Chapecó (SC) com a deputada federal Carol de Toni (PL-SC), com quem disputa internamente a indicação do PL para o Senado em 2026.
As visitas acontecem após recente crise familiar pública desencadeada pela tentativa do PL de apoiar Ciro Gomes (PSDB) na eleição para o Governo do Ceará. Michelle manifestou-se contra o acordo e defendeu o senador Eduardo Girão (Novo). Em postagem na segunda-feira (2), ela escreveu: “Eu jamais poderia concordar em ceder o meu apoio à candidatura de um homem que tanto mal causou ao meu marido e à minha família. Como apoiar um homem que foi responsável por implantar a narrativa que rotulou meu marido como genocida?”.
A declaração gerou críticas de alguns dos filhos de Bolsonaro à madrasta. Após visitar o pai na segunda, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que pediu desculpas a Michelle, classificou o episódio como “ruído de comunicação” e disse que a família conversou “como adultos”, com o objetivo comum de derrotar o PT no Ceará, hoje governado por Elmano de Freitas.
Diante da polêmica, o PL suspendeu o apoio à candidatura de Ciro Gomes.
As disputas internas no partido vão além do Ceará. Conforme mostrou a Folha, há movimentações em vários estados. Em Santa Catarina, Michelle já declarou apoio a Carol de Toni. No Distrito Federal, uma ala defende que Bia Kicis (PL-DF) seja companheira de chapa da ex-primeira-dama na disputa pelo Senado, o que poderia isolar o governador Ibaneis Rocha (MDB).
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