Agentes da Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados expulsaram e agrediram fisicamente jornalistas que cobriam a sessão da Comissão de Segurança Pública, nesta terça-feira (9). O incidente ocorreu quando profissionais da imprensa tentavam registrar a chegada do ex-presidente Jair Bolsonaro ao colegiado.
O deputado Marcelo Aro (PP-MG), que preside a comissão, confirmou os fatos. “Eu vi seguranças dando soco em jornalista. Isso é inaceitável”, declarou Aro. O parlamentar informou que determinou à Diretoria-Geral da Câmara a abertura imediata de investigação para apurar “possíveis excessos” cometidos pelos policiais legislativos.
Imagens que circulam nas redes mostram repórteres sendo empurrados, tendo equipamentos tomados e sofrendo agressões com chutes e socos enquanto tentavam trabalhar no corredor de acesso à sala da comissão.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal divulgou nota de repúdio: “É inadmissível que profissionais da imprensa sejam impedidos de exercer sua função e ainda sofram violência física dentro da Casa legislativa que deveria garantir a transparência e o livre exercício do jornalismo”.
Até o momento, a Diretoria de Polícia Legislativa da Câmara (Depol) não se manifestou oficialmente sobre o caso. A assessoria do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que ele foi comunicado do ocorrido e também determinou apuração rigorosa dos fatos.
O episódio reacende o debate sobre o acesso da imprensa às dependências do Congresso Nacional e o uso da força por parte da segurança institucional contra profissionais de comunicação.
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