Zelensky elogia operação ousada contra bases aéreas russas

ataque, autorizado pelo próprio Zelensky, teve como alvos apenas instalações e equipamentos militares russos usados contra a Ucrânia, sem envolver civis
Por: Brado Jornal 02.jun.2025 às 08h27
Zelensky elogia operação ousada contra bases aéreas russas
(Volodymyr Zelensky/X/Reprodução)
Em um vídeo divulgado após um ataque com drones a bases aéreas russas, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, descreveu a operação, chamada “Teia de Aranha”, como “absolutamente única” e destacou sua execução impecável. Planejada por um ano e meio, a ofensiva utilizou mais de 117 drones carregados com explosivos, escondidos em contêineres de madeira e transportados por caminhões, atingindo mais de 40 aeronaves russas, incluindo 34% dos porta-mísseis de cruzeiro estratégicos.

Zelensky revelou um detalhe surpreendente: o centro de planejamento da operação ficava ao lado de uma sede do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB), sucessor da antiga KGB. “Essa proximidade torna a operação ainda mais notável”, afirmou, após reunião com Vasyl Maliuk, chefe do Serviço de Segurança da Ucrânia.

O ataque, autorizado pelo próprio Zelensky, teve como alvos apenas instalações e equipamentos militares russos usados contra a Ucrânia, sem envolver civis. “As perdas russas foram significativas e justificadas. Continuaremos esse trabalho para enfraquecer suas forças”, declarou o presidente, reforçando que novas ações estão previstas.

Enquanto isso, a Rússia intensificou seus ataques com drones, lançando quase 500 unidades na noite de sábado, 31, o maior número desde o início do conflito, em fevereiro de 2022. Zelensky alertou que os russos também preparam mísseis Kalibr para lançamento a partir de porta-aviões, mas garantiu que a Ucrânia está pronta para se defender.

Com uma nova rodada de negociações pelo fim do conflito marcada para esta segunda-feira, 2, em Istambul, Zelensky reiterou a proposta de um cessar-fogo “total e incondicional”, baseado em medidas para uma paz duradoura. Ele destacou que a guerra não foi uma escolha da Ucrânia e que, após discussões com líderes militares e os ministros da Defesa e Relações Exteriores, a proposta apresentada aos russos é “lógica e realista”.


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