Representantes do presidente Donald Trump, incluindo Steve Witkoff e seu assessor Jared Kushner, desembarcaram em Israel nesta segunda-feira, 20, com o objetivo de reforçar o delicado cessar-fogo estabelecido recentemente. A viagem ocorre uma semana depois de uma anterior, marcada pela celebração do início da trégua mediada pelos Estados Unidos, e surge em resposta a recentes confrontos que ameaçam a frágil paz na região.
No domingo, o Exército de Israel realizou uma série de bombardeios aéreos na Faixa de Gaza, motivados por alegações de que o Hamas havia eliminado dois militares israelenses no sul do território palestino, durante operações destinadas a neutralizar estruturas consideradas terroristas na localidade de Rafah. Esses ataques resultaram na morte de ao menos 45 indivíduos, conforme relatos de serviços de defesa civil e unidades hospitalares locais. Além disso, as autoridades israelenses suspenderam temporariamente o envio de assistência humanitária ao enclave "até novo aviso", conforme declaração de um oficial de segurança.
,O Hamas, por sua vez, negou qualquer envolvimento nos supostos embates, afirmando não possuir informações sobre tais eventos e destacando que não mantém relações com facções locais desde março. O grupo armado reiterou seu compromisso com o acordo de trégua, iniciado em 10 de outubro, que representa as primeiras baixas israelenses desde então.
Nesta segunda-feira, as forças armadas de Israel reportaram uma suposta incursão de militantes vindos da região de Shejaiya, próxima à Cidade de Gaza, em direção à chamada "linha amarela" área de recuo militar adotada após o começo da pausa nos combates. Em comunicado matinal (madrugada no horário de Brasília), o comando militar destacou que a resposta foi proporcional ao pacto e visou "remover qualquer ameaça imediata", classificando o episódio como isolado em comparação ao dia anterior.
Após o episódio, Israel anunciou a retomada plena da distribuição de ajuda humanitária ao território. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu instruiu as tropas a adotarem "medidas enérgicas" contra qualquer quebra do acordo, sem, no entanto, sinalizar uma volta aos conflitos generalizados.
A agenda dos enviados americanos inclui encontros com autoridades do governo Netanyahu ainda nesta segunda. Já o vice-presidente J.D. Vance está previsto para chegar ao país na terça-feira, 21, com reuniões bilaterais programadas, incluindo uma com o premier israelense. “Estamos tentando dar um jeito”, comentou Vance a jornalistas sobre o cessar-fogo, que ele descreveu como sujeito a “trancos e barrancos”, sem surpresas. Ele complementou que a administração busca “ir e verificar como as coisas estão indo”.
Enquanto isso, o Egito, atuando como mediador chave no processo, mantém diálogos contínuos com as partes envolvidas "24 horas por dia" para desescalar a crise, em meio a esforços de nações regionais para solidificar a trégua, segundo a agência de notícias Reuters.
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