Presidente do Equador denuncia tentativa de envenenamento com substâncias tóxicas

Daniel Noboa aponta contaminação em chocolates e geleias recebidos como presente em meio a protestos indígenas
Por: Brado Jornal 24.out.2025 às 10h49
Presidente do Equador denuncia tentativa de envenenamento com substâncias tóxicas
Foto: ARMANDO PRADO/AFP
O presidente do Equador, Daniel Noboa, revelou nesta quinta-feira, 23 de outubro de 2025, que foi alvo de uma tentativa de envenenamento. Segundo ele, chocolates e geleias recebidos como presente em um evento público continham "três produtos químicos" em alta concentração, não pertencentes à composição original dos itens. A denúncia foi feita em entrevista à rede CNN, onde o mandatário destacou a gravidade do ocorrido: “Três compostos em uma alta concentração. É impossível que não tenha sido intencional.”

Essa é a segunda acusação de atentado contra Noboa apresentada pelo governo equatoriano, em um contexto de intensos protestos indígenas contrários à gestão do presidente. No início de outubro, o governo já havia alegado, sem provas, que o veículo presidencial foi alvo de disparos por manifestantes. As tensões sociais aumentaram após a decisão de Noboa de eliminar subsídios ao diesel, medida que gerou forte oposição de grupos indígenas e outras organizações sociais.

Durante o mês, o presidente chegou a visitar áreas ocupadas por manifestantes, onde foi recebido com hostilidade, incluindo paus e pedras. “Ninguém quer que joguem um coquetel molotov, nem um rojão, nem que o envenenem com um chocolate, nem que atirem pedras”, declarou Noboa, de 37 anos, em referência aos episódios.

O caso do envenenamento foi formalmente denunciado ao Ministério Público pelo órgão militar responsável pela segurança presidencial, que apresentou evidências dos compostos químicos encontrados. “Apresentamos a denúncia, apresentamos as provas, a concentração dos três produtos químicos”, afirmou o presidente.

Analistas políticos sugerem que as movimentações de Noboa, incluindo suas visitas a áreas de conflito, podem ter o objetivo de reforçara narrativa de violência por parte dos manifestantes. Essa estratégia seria uma tentativa de conquistar apoio público antes da consulta popular marcada para 16 de novembro, na qual o presidente busca aprovar a convocação de uma Assembleia Constituinte.


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