Oruam reage à proposta de "Lei Anti-Oruam": "Não atacam só a mim, mas toda a cena"

Projeto de lei visa proibir eventos e shows que envolvam apologia ao crime ou uso de drogas, com foco no rapper
Por: Brado Jornal 12.fev.2025 às 10h53
Oruam reage à proposta de
Reprodução/Instagram

O rapper Oruam se pronunciou nas redes sociais após a proposta da chamada "Lei Anti-Oruam", um projeto que busca proibir a contratação de shows, artistas e eventos voltados ao público infantojuvenil que envolvam, durante suas apresentações, qualquer expressão de apologia ao crime organizado ou ao uso de drogas. O projeto foi elaborado pela vereadora Amanda Vettorazzo (União Brasil-SP) e pelo deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP), e agora aguarda parecer na Câmara dos Deputados.

Em um post no X, Oruam, cujo nome real é Mauro Davi dos Santos, de 25 anos, se posicionou contra a medida, apontando que ela não visa apenas sua figura, mas também todos os artistas da cena do funk, rap e trap. "Eles sempre tentaram criminalizar o funk, o rap e o trap. Coincidentemente, o universo fez um filho de traficante fazer sucesso, e eles encontraram a oportunidade perfeita pra isso. Virei pauta política", escreveu o cantor, destacando a injustiça da proposta. "O que vocês não entendem é que a lei anti-Oruam não ataca só o Oruam, mas todos os artistas da cena", completou.

Embora o nome de Oruam não seja mencionado diretamente no projeto de lei, a criação de um site denominado leiantioruam e os vídeos publicados nas redes sociais pela vereadora deixam claro que o rapper é o principal alvo da proposta.

Oruam, que já é figura conhecida nos principais festivais de música do Brasil, como o Lollapalooza, tem mais de 13 milhões de ouvintes no Spotify e é conhecido por suas letras que abordam temas como ostentação, sexo e a relação com seu pai, o traficante Marcinho VP, preso por homicídios, tráfico de drogas e outros crimes. Em 2024, durante seu show no Lollapalooza, Oruam pediu liberdade para seu pai e afirmou: "Meu pai errou, mas está pagando pelos seus erros e com sobra. Só queria que pudesse cumprir uma pena digna e saísse de cabeça erguida".

O projeto de lei segue agora aguardando uma decisão da presidência da Câmara dos Deputados.



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