Presidente da Ancord alerta para colapso fiscal em 2027 sem ação conjunta

Rafael Furlanetti cobra união entre Poderes e iniciativa privada para evitar crise nas contas públicas
Por: Brado Jornal 03.jun.2025 às 08h41
Presidente da Ancord alerta para colapso fiscal em 2027 sem ação conjunta
Créditos: Reprodução/CNN
Em entrevista à CNN Money nesta segunda-feira (2), Rafael Furlanetti, presidente da Associação Nacional das Corretoras de Valores (Ancord) e sócio diretor institucional da XP, alertou que as contas públicas brasileiras podem colapsar em 2027 se não houver esforços coordenados entre Executivo, Legislativo e Judiciário. Ele destacou a urgência de cooperação para promover o equilíbrio fiscal, com foco na revisão de incentivos fiscais e na busca por um Estado mais eficiente.

Furlanetti enfatizou que todos os setores devem contribuir para o bem comum. “É hora de cada Poder abrir mão de parte de seus interesses em prol de um projeto maior. A iniciativa privada também precisa olhar além do próprio umbigo”, afirmou. Segundo ele, o sucesso econômico beneficia a todos: “Se a economia prosperar, o cidadão, o governo e os empresários saem ganhando.”

Reação ao aumento do IOF e novas propostas

O presidente da Ancord comentou a recente polêmica envolvendo o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) anunciado pelo governo no final de maio, que gerou forte resistência no mercado financeiro e no Congresso, levando a equipe econômica a rever algumas medidas. Para Furlanetti, a controvérsia pode ter um efeito positivo ao estimular o debate sobre soluções fiscais. “Estamos transformando esse limão em limonada, com o Congresso e o Executivo discutindo reformas de curto, médio e longo prazo”, disse.

Entre as alternativas sugeridas, Furlanetti defendeu a venda do excedente de petróleo como uma fonte de receita de até R$ 20 bilhões, sem recorrer a “manobras fiscais”. Ele destacou que a medida seria uma solução viável para evitar aumentos de impostos.

Desafios eleitorais e pressão popular

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que mudanças significativas no regime fiscal provavelmente ficarão para após as eleições de 2026, devido ao ambiente político sensível no Congresso. “Na antevéspera do processo eleitoral, os parlamentares evitam pautas conflituosas”, explicou. Furlanetti, no entanto, acredita que a pressão da sociedade pode ser decisiva para acelerar as mudanças. “A população precisa cobrar seus representantes para que as reformas avancem”, destacou.

O presidente da Ancord reforçou a necessidade de um debate público amplo e transparente, com foco na eficiência do Estado e no atendimento às demandas dos cidadãos, para evitar uma crise fiscal iminente e garantir a sustentabilidade econômica do país.


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