Lula passa mal, mas PT dá seguimento à reunião com empresários sobre reformas sem ele

Aloizio Mercadante e Geraldo Alckmin conduziram o encontro que tratou principalmente da simplificação do sistema tributário brasileiro e do combate à informalidade no trabalho
Por: Brado Jornal 11.ago.2022 às 13h04 - Atualizado: 11.ago.2022 às 13h09
Lula passa mal, mas PT dá seguimento à reunião com empresários sobre reformas sem ele
Foto: Divulgação

O encontro do Partido dos Trabalhadores com empresários varejistas na última quarta-feira, 10, não contou com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como havia indicado a agenda de campanha dele. Segundo a assessoria de imprensa da legenda, Lula teve uma indisposição estomacal e o ex-senador Aloizio Mercadante, principal articulador da campanha de 2022, foi quem o substituiu. A reunião ocorreu em um hotel da zona sul de São Paulo. Os dois principais assuntos do encontro foram: a reforma tributária e a revogação da reforma trabalhista. O encontro reuniu 60 grandes varejistas do país. Entre eles, Luiza Trajano, dona do grupo Magazine Luiza, e também Flávio Rocha, dono do grupo Riachuelo. Outros assuntos também foram debatidos como carteira assinada e ‘pejotização’. Ao lado de Geraldo Alckmin (PSB), Mercadante discutiu ainda com os empresários o problema da informalidade no país, que tem aumentado por causa da crise econômica – outro ponto sensível ao empresariado.

“É um grupo muito forte. Eles representam quase R$ 0,5 trilhão em faturamento, geram 830 mil empregos. Então, uma das primeiras preocupações é o tema da reforma tributária. Nós temos alinhamento de que precisamos simplificar a estrutura tributária do Brasil, desburocratizar, reduzir o que a gente chama de cumulatividade, que prejudica as exportações, mas também tem que ter justiça tributária. Tem que ter menos tributos nos produtos e nos serviços, mas precisa tributar mais o patrimônio e a renda, porque o país é muito desigual, e nós temos que simplificar de um lado. E, para isso, eles têm uma contribuição para dar. A reforma tributária tem que ser justa, tem que se sustentável, estimular a produção e tem que ser solidária”, declarou Mercadante.

O ex-senador e ministro do governo Lula também comentou a questão da revogação da reforma trabalhista para combater o aumento da informalidade no país: “A outra grande preocupação é com relação à informalidade do mercado de trabalho, porque se tem hoje 42 milhões de trabalhadores que não têm direitos, não têm carteira [assinada]. Estamos vivendo uma crise de desemprego gigantesca e de precarização do mundo do trabalho. E como eles recolhem os tributos, aqui só entra empresa que tem emprego formal, eles tem uma grande preocupação de como resolver o problema da informalidade”.



📲 Baixe agora o aplicativo oficial da BRADO
e receba os principais destaques do dia em primeira mão
O que estão dizendo

Deixe sua opinião!

Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.

Sem comentários

Seja o primeiro a comentar nesta matéria!

Carregar mais
Carregando...

Carregando...

Veja Também
Alexandre de Moraes ordena apreensão de celular de Jair Bolsonaro
Decisão do STF visa coibir descumprimento de medidas cautelares
Governadores criticam decisão do STF sobre prisão domiciliar de Jair Bolsonaro
Líderes estaduais expressam solidariedade e questionam medida de Alexandre de Moraes
Nikolas Ferreira questiona decisão de Alexandre de Moraes sobre prisão de Jair Bolsonaro
Deputado critica medida do STF e aponta suposta incoerência na justificativa da prisão domiciliar
Carregando..