O líder americano Donald Trump (Partido Republicano) solicitou à União Europeia a adoção de taxas alfandegárias de até 100% sobre produtos vindos da Índia e da China, em razão das aquisições de óleo russo feitas por essas nações. O objetivo é exercer influência sobre o chefe do Kremlin, Vladimir Putin (independente), para que ele ponha fim ao conflito na Ucrânia. Essa sugestão surgiu depois de um encontro realizado na terça-feira (9.set.2025), em Washington, envolvendo representantes de alto escalão dos EUA e da UE, no qual foram debatidas maneiras de elevar os impactos financeiros da invasão russa.
Segundo o jornal Financial Times, um representante dos EUA comentou: “Estamos prontos para agir, prontos para agir agora mesmo, mas só faremos isso se os nossos parceiros europeus nos apoiarem”. Outro oficial indicou que os Estados Unidos se dispõem a “espelhar” eventuais tarifas aplicadas pela UE à China e à Índia, o que poderia resultar em elevações adicionais nas alíquotas americanas incidentes sobre as entradas desses países.
Essa ação de Trump reflete o descontentamento da administração americana com os entraves para mediar um cessar-fogo entre Moscou e Kiev, somado aos bombardeios aéreos cada vez mais intensos da Rússia no território ucraniano. Uma fonte revelou ao Financial Times: “A visão [de Trump] é que a abordagem óbvia é: vamos todos impor tarifas drásticas e mantê-las até que os chineses concordem em parar de comprar petróleo [da Rússia]. Realmente, não há muitos outros lugares para onde o petróleo possa ir”.
Durante conversa com a imprensa na terça-feira (9.set), Trump revelou que pretende entrar em contato com Putin “nesta semana ou no início da próxima”. Tal posicionamento surge logo após o encontro de 31 de agosto, no qual o presidente chinês Xi Jinping, Putin e o premiê indiano Narendra Modi reforçaram suas relações bilaterais.
No passado, Trump já havia elevado as tarifas sobre itens indianos para 50%, motivado pelas compras de petróleo russo, e, em abril de 2025, impôs aumentos significativos nas taxas contra a China, revertendo-os parcialmente em maio diante da turbulência nos mercados. Na mesma terça-feira (9.set), a Suprema Corte dos EUA anunciou que analisará a legalidade das tarifas comerciais aplicadas por Trump a 94 nações, embora o veredicto não interfira nas medidas com base em razões geopolíticas, a exemplo daquelas contra o Brasil e a Índia.
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