O presidente Donald Trump revelou na segunda-feira (15 de setembro de 2025) que pretende iniciar uma ação judicial no valor de pelo menos US$ 15 bilhões contra o The New York Times, acusando o jornal de difamação e calúnia em uma série de publicações que, segundo ele, afetaram sua imagem pessoal, a de sua família e seus empreendimentos comerciais. A queixa, protocolada em um tribunal da Flórida, destaca que as matérias representam um "padrão de décadas de difamação intencional e maliciosa" contra o republicano, incluindo um livro lançado em setembro de 2024 intitulado "Lucky Loser: How Donald Trump Squandered His Father’s Fortune and Created the Illusion of Success", escrito por dois repórteres do jornal e publicado pela Penguin Random House. Trump descreveu o livro como "falso, malicioso e difamatório", alegando que ele distorceu a história de sua fortuna familiar e criou uma ilusão de fracasso.
Além do livro, a ação cita três artigos específicos do The New York Times, um deles publicado antes da eleição de novembro de 2024, que o presidente qualificou como um "salvo de interferência eleitoral". Esses textos, de acordo com a queixa, causaram "danos à reputação" avaliados em bilhões de dólares, impactando o valor das ações de sua empresa de mídia e prejudicando interesses comerciais. O processo também nomeia quatro jornalistas do outlet — Susanne Craig, Russ Buettner, Peter Baker e Michael S. Schmidt — como réus, ao lado da editora Penguin Random House.
Em uma postagem em sua plataforma Truth Social, Trump enfatizou a gravidade das acusações, afirmando: "Hoje, eu tenho a Grande Honra de trazer um Processo de Difamação e Calúnia de US$ 15 Bilhões contra o The New York Times". Ele acrescentou: "The New York Times has been allowed to freely lie, smear, and defame me for far too long, and that stops, NOW!", criticando o jornal por se tornar um "virtual mouthpiece" para o Partido Democrata e por endossar Kamala Harris na eleição presidencial de 2024. O presidente argumentou que tais ações ultrapassaram limites jornalísticos e configuram ataques deliberados para minar sua credibilidade.
Essa não é a primeira iniciativa legal de Trump contra veículos de mídia em seu segundo mandato. Recentemente, ele moveu um processo de US$ 10 bilhões contra o The Wall Street Journal e seu proprietário, Rupert Murdoch, por uma reportagem que ligava seu nome a uma carta de 2003 para o financista Jeffrey Epstein. Além disso, ações contra a ABC News e o âncora George Stephanopoulos, bem como contra a Paramount (dona da CBS News), resultaram em acordos de US$ 15 milhões e US$ 16 milhões, respectivamente, relacionados a uma entrevista com Harris no programa "60 Minutes", que Trump alegou ter sido editada de forma enganosa. Especialistas em direito observam que, embora Trump intensifique essas batalhas judiciais, provar difamação contra figuras públicas como ele exige demonstrar "malícia real", um padrão elevado estabelecido por decisões da Suprema Corte dos EUA, o que pode complicar o sucesso da ação atual.
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