Na segunda-feira (10 de novembro de 2025), o presidente norte-americano Donald Trump, do Partido Republicano, deu as boas-vindas ao chefe de Estado sírio, Ahmed al-Sharaa, em uma reunião realizada na Casa Branca. O diálogo, marcado por um tom leve e inesperado, ganhou destaque quando Trump, após oferecer um presente peculiar, indagou ao visitante sobre seu status matrimonial de forma direta.
O momento peculiar ocorreu em meio a uma troca de gestos simbólicos. Trump, ao entregar um frasco de perfume ao líder sírio, aplicou uma borrifada da fragrância no convidado e mencionou que enviaria outro para a esposa dele. Foi nesse contexto que surgiu a questão sobre o número de parceiras do ex-rebelde. Al-Sharaa, posicionado à esquerda na cena registrada, confirmou de imediato: “Uma”.
Com uma risada, Trump rebateu: “Com vocês, eu nunca sei”. A observação remete a um clichê cultural ligado a práticas islâmicas, frequentemente associado a uniões múltiplas entre homens muçulmanos, como é o caso de Ahmed al-Sharaa.
A recepção transcorreu de forma reservada, sem a presença habitual de jornalistas, diferentemente das audiências bilaterais costumeiras na residência oficial do Executivo em Washington. A imprensa esperou em vão pela passagem do líder sírio pelo Salão Oval; ele acessou e deixou o local por uma entrada alternativa, mantendo o caráter sigiloso do evento.
Ahmed al-Sharaa ascendeu à presidência interina da Síria em janeiro de 2025, à frente do grupo insurgente que depôs o governo de Bashar al-Assad em dezembro do ano anterior, encerrando um conflito armado que durou 14 anos. Anteriormente conhecido como Frente al-Nusrah e ligado à Al Qaeda, o HTS (Hay’at Tahrir al-Sham), sob comando de al-Sharaa durante a rebelião, teve sua designação como organização terrorista revogada pelo governo Trump em julho de 2025. O grupo agora se apresenta como uma força autônoma.
Entre os objetivos da cúpula, destaca-se o esforço para consolidar a permanência de tropas americanas na base aérea de Damasco. Essa instalação serve para apoiar a execução de um pacto de segurança entre Síria e Israel, negociado pela administração da Casa Branca. Ademais, a presença visa supervisionar o armistício entre Israel e as facções radicais Hamas e Hezbollah, além de reforçar ações contra o Estado Islâmico na área. A base situa-se na fronteira sul síria, integrando uma região que se tornará zona tampão desarmada conforme o tratado de não confronto entre os dois países.
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