Moraes vota pela condenação de 14 anos do segundo réu do 8 de janeiro

Sentença de catorze anos de prisão para Thiago De Assis Mathar inclui acusação por golpe de estado
Por: Brado Jornal 14.set.2023 às 17h22
Moraes vota pela condenação de 14 anos do segundo réu do 8 de janeiro
Ministro e advogado de defesa trocaram desafetos durante a sessão / Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou na tarde desta quinta-feira (14), o julgamento do segundo réu dos atos do 8/01, Thiago De Assis Mathar. O ministro Alexandre de Moraes, relator da matéria votou pela condenação de Mathar, com sentença de catorze anos de prisão por associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado. O ministro afirmou que a defesa do réu não conseguiu rebater nenhum dos fatos colocados e complementou que os presentes tiveram uma aula do que um advogado não deve fazer para defender um cliente.

Ele ainda apontou que a única diferença entre Mathar e Aécio Lúcio Costa Pereira, condenado mais cedo, é de que o réu não postou os atos nas redes sociais, nem incentivou a participação de outros. O acusado é produtor rural na cidade de Penápolis, em São Paulo, e alega que viajou a Brasília em ônibus fretado para manifestação pacífica. Segundo Mathar, ele entrou no Palácio no Planalto apenas para se proteger de tiros e bombas disparados pela Polícia.

Durante a defesa do acusado, o advogado Hery Waldir Kattwinkel Júnior criticou a atitude do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, em relação às pessoas envolvidas das manifestações. “Eu vejo que o ministro Alexandre de Moraes inverte o papel de julgador aqui nesta Corte. Ele passa de julgador a acusador. É um misto de raiva com rancor, com pitadas de ódio, quando se fala dos patriotas”, afirmou o jurista. A fala não foi bem recebida pelo ministro, que fez uma reprimenda dura a Kattwinkel. “É patético e medíocre que um advogado suba à tribuna do Supremo Tribunal Federal com um discurso de ódio, para postar depois nas redes sociais que veio agredir o Supremo Tribunal Federal. Talvez pretendendo ser vereador do seu município no ano que vem”, analisou. Kattwinkel chegou a ser candidato a deputado estadual por São Paulo nas eleições de 2022 e ficou como suplente.



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