Dono de ferro-velho preso em Salvador é acusado de tentar subornar policiais penais

Suspeito de homicídio, Marcelo Batista ofereceu R$ 5 mil por benefícios na prisão
Por: Brado Jornal 16.out.2025 às 09h54
Dono de ferro-velho preso em Salvador é acusado de tentar subornar policiais penais
Crédito: Reprodução
Marcelo Batista, proprietário de um ferro-velho no bairro de Pirajá, em Salvador, preso por suspeita de assassinar dois ex-funcionários, agora enfrenta novas acusações. Na terça-feira (14), ele teria tentado subornar um policial penal da Cadeia Pública de Salvador, no Complexo da Mata Escura, oferecendo R$ 5 mil em troca de vantagens, como a inclusão em atividades laborais para detentos. O agente recusou a proposta e informou a tentativa à Coordenação de Segurança.

No dia seguinte, quarta-feira (15), enquanto era levado à direção da unidade prisional para esclarecimentos, Batista tentou novamente oferecer a mesma quantia a outro policial penal. A direção da Cadeia Pública determinou que ele fosse conduzido à Central de Flagrantes para as medidas legais cabíveis. Um procedimento interno também foi aberto para apurar a conduta do detento. Após prestar depoimento, ele foi levado de volta ao Complexo da Mata Escura.

Em nota, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) declarou: “Adota todas as medidas necessárias para preservar a ordem e a integridade do sistema prisional baiano.” O caso segue em investigação.

Histórico do caso

Marcelo Batista é suspeito de matar Paulo Daniel e Matusalém Silva, ex-funcionários de seu ferro-velho em Pirajá. Os dois desapareceram após irem trabalhar no local, três semanas após serem contratados sem vínculo formal. Familiares relataram que os jovens nunca mencionaram episódios de violência envolvendo Batista, mas reclamavam das condições de trabalho. Antes do desaparecimento, Batista os acusou de furtar alumínio.

Quatro dias após o sumiço, a Polícia Civil, com auxílio de cães farejadores, identificou vestígios de Paulo Daniel no ferro-velho. Três dias depois, a prisão de Batista foi decretada, mas ele fugiu e permaneceu foragido por sete meses. Em janeiro, dois policiais militares foram presos por suposto envolvimento na morte e desaparecimento dos jovens.

Batista também responde a pelo menos nove processos trabalhistas em andamento, com acusações que incluem falta de pagamento de salários, horas extras, assédio sexual e tortura, todos supostamente cometidos no ferro-velho. Outros 60 processos foram arquivados.


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