No Dia da Independência e com inflação acima de 60%, argentinos protestam contra Fernández

As convocações, feitas sobretudo pelas redes sociais, pediam um “Argentinazo”.
Por: Brado Jornal 10.jul.2022 às 10h11
No Dia da Independência e com inflação acima de 60%, argentinos protestam contra Fernández

Milhares de manifestantes foram às ruas de Buenos Aires, Córdoba, Mar del Plata, Rosário e Santa Fé

Em pleno Dia da Independência da Argentina, comemorado no sábado 9, milhares de cidadãos foram às ruas para protestar contra o governo de Alberto Fernández. As manifestações ocorreram não apenas na capital, Buenos Aires, mas também em Córdoba, Mar del Plata, Rosário e Santa Fé.

Em Buenos Aires, foram realizados comícios no Obelisco, na Avenida 9 de Julho e na Plaza de Mayo. O lema “Vamos defender a República” mobilizou políticos de diferentes espectros ideológicos, da esquerda à direita. As convocações, feitas sobretudo pelas redes sociais, pediam um “Argentinazo”.

Os manifestantes empunhavam cartazes com frases de repúdio à atual administração federal. “Viva a pátria”, “Governo de ladrões” e “Argentina sem Cristina” eram alguns dos recados transmitidos pelos cidadãos.

Um dos slogans virou música: “¡Andate a Cuba, la put* que te parió!”, por exemplo, entoou na Casa Rosada. A atmosfera era similar à vivenciada pelos torcedores do Boca Juniors em La Bombonera, estádio do clube de futebol.

Houve também protestos no exterior. Em Miami, os cidadãos argentinos se manifestaram na Avenida Collins e na Rua 72. Ainda foram convocados protestos em Roma, Madri, Barcelona e Londres.

As manifestações ocorreram uma semana depois de o então ministro da Economia, Martín Guzmán, renunciar ao cargo. Na segunda-feira 4, o dólar blue (paralelo) atingiu 280 pesos, e a Bolsa de Valores da Argentina caiu mais de 3%. A inflação no país é superior a 60%.

Em discurso, Fernández pediu “unidade” aos argentinos. “A História nos ensina que é um valor que devemos preservar nos momentos mais difíceis”, afirmou. “Devemos trilhar o caminho para o equilíbrio fiscal e estabilizar a moeda.”



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