Reino Unido envia navio à Guiana diante de ameaça de Maduro

Decisão foi tomada mesmo após reunião do ditador venezuelano com o presidente Irfaan Ali para tratar disputa da região de Essequibo
Por: Brado Jornal 26.dez.2023 às 09h44
Reino Unido envia navio à Guiana diante de ameaça de Maduro
Foto: Evaristo Sá/AFP

O Reino Unido decidiu enviar um navio de guerra para a Guiana, ex-colônia britânica, em meio à tensão com a ditadura venezuelana de Nicolás Maduro pela disputa da região de Essequibo. A informação foi divulgada neste domingo, 24, pelo Ministério da Defesa britânico.

A decisão foi tomada mesmo após a reunião entre Maduro e o presidente da Guiana, Irfaan Ali, em 14 de dezembro, para tratar da longa disputa territorial.

Segundo a BBC, o patrulheiro HMS Trent, atualmente atracado no Mar do Caribe para combater o tráfico de drogas, será enviado logo depois do Natal. 

A embarcação deve participar de exercícios militares na Guiana, em um sinal de apoio de Londres a Georgetown. 

A controvérsia entre os dois países sobre essa região remonta ao final do século XIX, quando ambos reivindicam a posse. Atualmente, é a Guiana que exerce controle efetivo sobre Essequibo, graças à Sentença Arbitral de Paris, de 1899.

Nessa sentença, mediadores internacionais concederam soberania sobre a região aos britânicos, que governavam a colônia da Guiana na época. A área é rica em petróleo.

A Venezuela alega ter perdido o território em 1899 devido à sentença, que considera nula e sem efeito desde 1962, quando denunciou supostas irregularidades do procedimento à ONU.

Em 1966, foi assinado o Acordo de Genebra, no qual o Reino Unido admitiu a existência de uma disputa pelo território de Essequibo. Nesse mesmo ano, a Guiana tornou-se independente, iniciando um período de negociações diretas com a Venezuela.

Ao longo dos anos, não houve acordo sobre essa disputa, e as tensões aumentaram nas últimas semanas devido a um referendo realizado pela Venezuela no início de dezembro.

Na votação, cerca de 95% dos cidadãos venezuelanos se declararam a favor da anexação da área e da criação de um estado venezuelano em Essequibo, concedendo cidadania venezuelana à sua população e incorporando esse estado ao território venezuelano.



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