Heroísmo em Bondi Beach rende mais de R$ 6,5 milhões em doações a homem que desarmou atirador

Civilians reconhecido internacionalmente por ação corajosa durante ataque terrorista que deixou 15 mortos em celebração de Hanukkah
Por: Brado Jornal 15.dez.2025 às 09h00
Heroísmo em Bondi Beach rende mais de R$ 6,5 milhões em doações a homem que desarmou atirador
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Uma campanha de arrecadação online no GoFundMe foi lançada em reconhecimento a Ahmed al Ahmed, o civil que enfrentou e desarmou um dos atiradores durante o ataque terrorista na praia de Bondi, em Sydney, na Austrália. Em poucas horas, a vaquinha superou US$ 1 milhão (equivalente a mais de R$ 6,5 milhões), com o objetivo de expressar "gratidão e apoio a alguém que demonstrou uma coragem incrível quando mais importava".

O maior doador individual foi o bilionário americano William Ackman, que contribuiu com cerca de US$ 100 mil. Ahmed al Ahmed, de 43 anos, dono de uma frutaria e pai de duas filhas, foi baleado duas vezes durante a ação e passou por cirurgias, permanecendo em condição estável.

Líderes mundiais elogiaram sua bravura. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, descreveu-o como "uma pessoa muito, muito corajosa" que salvou vidas ao atacar frontalmente um dos atiradores. O primeiro-ministro de Nova Gales do Sul, Chris Minns, chamou-o de "herói genuíno" e visitou-o no hospital.Detalhes do ataqueO incidente ocorreu no domingo (14), durante a celebração "Chanukah by the Sea", marcando o início do Hanukkah, com centenas de pessoas reunidas em um parque próximo à praia de Bondi. Dois atiradores, identificados como pai e filho Sajid Akram (50 anos, morto no local pela polícia) e Naveed Akram (24 anos, em estado crítico), abriram fogo, matando 15 pessoas e ferindo mais de 40. Entre as vítimas fatais estão uma menina de 10 anos, o rabino Eli Schlanger (organizador do evento), um sobrevivente do Holocausto e um cidadão israelense.

Autoridades encontraram duas bandeiras do Estado Islâmico no carro dos suspeitos, além de dispositivos explosivos improvisados desativados. O filho já havia sido investigado anos antes por possíveis ligações com uma célula do Isis, mas foi considerado sem ameaça contínua. A polícia classificou o caso como ato terrorista direcionado à comunidade judaica, o pior massacre a tiros na Austrália em quase 30 anos.

O pai possuía licença de armas desde 2015 e seis armas registradas, o que reacendeu debates sobre o controle de armamentos. Nesta segunda-feira (15), o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, anunciou que o governo fortalecerá as leis de armas, incluindo limites no número de armas por licença, validade não perpétua e possível restrição a cidadãos australianos.

"As circunstâncias das pessoas podem mudar. As pessoas podem ser radicalizadas ao longo do tempo. As licenças não devem ser perpétuas", declarou Albanese.

Vídeos circulando nas redes mostram o pânico, com pessoas correndo amid tiros e sirenes. Dois policiais estão entre os feridos, em estado grave mas estável. Até o momento, não há brasileiros entre as vítimas, segundo o Itamaraty. A polícia investiga se houve mais envolvidos, mas confirmou que os dois atiradores agiram sozinhos.

"Estamos investigando a fundo o histórico de ambas as pessoas. Nesta fase, sabemos muito pouco sobre elas", afirmou o comissário de Polícia de Nova Gales do Sul, Mal Lanyon.


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