Corrêa critica apologia ao crime e destaca desafios sociais em entrevista à Rádio Brado

Em entrevista à Rádio Brado, o policial militar Correa, conhecido por suas publicações nas redes sociais, abordou a crescente apologia ao crime promovida por músicas de funk, citando o caso do cantor MC Poze do Rodo, recentemente preso sob investigação por suposta ligação com a facção criminosa Comando Vermelho. Correa destacou como essas letras, que glorificam o crime, encontram eco principalmente entre jovens das periferias, que as enxergam como reflexo da realidade das favelas.

Impacto da falta de educação e visão da comunidade

Correa trouxe à tona a influência da falta de acesso à educação em comunidades vulneráveis, apontando que a ausência de oportunidades contribui para a aceitação de narrativas que romantizam o crime. Ele também comentou a percepção negativa que parte das comunidades tem do trabalho da Polícia Militar, muitas vezes vista com desconfiança. “A falta de políticas educacionais e sociais deixa essas áreas mais expostas à influência de figuras que promovem a criminalidade como estilo de vida”, afirmou.

Visibilidade nas redes e rumores sobre política

Após sua prisão, que gerou grande repercussão, Correa viu sua visibilidade crescer, especialmente em âmbito nacional, devido às suas postagens engajadas nas redes sociais, onde aborda questões políticas e sociais. A exposição levantou especulações sobre uma possível candidatura a cargos políticos, o que ele negou veementemente na entrevista. “Estudei para ser policial e amo minha profissão, apesar de todas as dificuldades. Não tenho intenção de entrar para a política”, declarou. Ele reforçou seu compromisso em usar as redes para conscientizar a população sobre temas relevantes, mantendo seu papel como agente de mudança social.

A entrevista de Correa reacende a discussão sobre a influência cultural de conteúdos que glorificam o crime e os desafios enfrentados pelas forças de segurança em comunidades carentes. Suas reflexões apontam para a necessidade de investimentos em educação e políticas públicas que combatam a vulnerabilidade social, além de uma reaproximação entre a polícia e os moradores das favelas, visando construir uma relação de confiança mútua.