Política Urgente

Pacheco afirma que última palavra sobre cassação de Daniel Silveira deve ser do Congresso

Presidente do Senado diz que parlamento deve decidir sobre perda de mandatos de seus integrantes, em posição similar à de Arthur Lira
Por: Brado Jornal 26.abr.2022 às 17h23 - Atualizado: 26.abr.2022 às 23h14
Pacheco afirma que última palavra sobre cassação de Daniel Silveira deve ser do Congresso
Rodrigo Pacheco é o atual presidente do Senado - Marcos Oliveira/Agência Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que as decisões sobre a cassação de parlamentares devem pertencer, em último caso, à Câmara dos Deputados ou ao Senado, e não ao Poder Judiciário, ao comentar sobre o caso do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ). “A minha opinião, e eu reputo mais a questão jurídica do que propriamente política, uma situação de decretação de perda de mandato por parte do Judiciário há a necessidade de se submeter à Casa legislativa para que a Casa legislativa decida sobre isso”, afirmou o presidente do Senado, em resposta a repórteres durante participação em um evento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para celebrar os 20 anos do Código Civil.

“Então, considero que a melhor inteligência da Constituição é nesse sentido quando se exige a apreciação da maioria dos pares. Mandato outorgado pelo voto popular só pode ser retirado pela própria Casa legislativa através da votação de seus pares”, completou Pacheco. O entendimento do mineiro se alinha ao do presidente da Câmara, Arthur Lira (PL-AL), que argumentou a liberdade de expressão é fundamental e que o indulto concedido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) a Silveira independe do trânsito em julgado. Pacheco já havia defendido que o perdão ao deputado foi constitucional.

Silveira foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última quarta, 20, pelos crimes de incitar a tentativa de impedir o livre exercício dos Poderes da União e por coação no curso do processo, isto é, quando o cidadão pessoa usa de violência ou ameaça para obter vantagem em um processo judicial, por causa de um vídeo publicado nas redes sociais do deputado em fevereiro de 2021, no qual ele defende o AI-5 e incita a população a invadir o STF e agredir os ministros. A sentença dada foi de oito anos e nove meses de prisão, mas acabou suspensa pelo indulto presidencial concedido por Bolsonaro no dia seguinte. Silveira também foi condenado a perder o mandato de deputado e a ficar inelegível, e há dúvidas sobre isso, se o mandato foi perdido imediatamente e se o indulto também anula essas partes da condenação.



📲 Baixe agora o aplicativo oficial da BRADO
e receba os principais destaques do dia em primeira mão
O que estão dizendo

Deixe sua opinião!

Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.

Sem comentários

Seja o primeiro a comentar nesta matéria!

Carregar mais
Carregando...

Carregando...

Veja Também
Estados Unidos cancelam vistos de brasileiros ligados ao Mais Médicos
Sanções por suposta exploração de médicos cubanos
Bolsonaro contesta acusações de golpe e solicita absolvição no STF
Defesa apresenta alegações finais e questiona delação de Mauro Cid
Jânio Natal enfrenta risco de cassação no STF após derrota unânime no TSE
Decisão pode levar Porto Seguro a realizar novas eleições
Bolsonaro em prisão domiciliar exige controle sobre visitantes
Ex-presidente reclama de visitas indesejadas e planeja filtrar autorizações
Crise na cultura baiana: manifesto critica gestão de Bruno Monteiro
Artistas denunciam desmonte cultural e cobram políticas públicas estruturadas
No PL: Valdemar anuncia Raíssa Soares como pré-candidata a deputada federal pela Bahia
Conhecida por sua atuação como ex-secretária de Saúde de Porto Seguro e por sua forte influência na região sul da Bahia
Carregando..