Pacheco afirma que privatização da Petrobras ‘não está na mesa de discussões’

Presidente do Senado alega que trata-se de um momento ruim para discutir uma possível desestatização da empresa petroleira; novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, defendeu a venda da estatal
Por: Brado Jornal 12.mai.2022 às 15h02
Pacheco afirma que privatização da Petrobras ‘não está na mesa de discussões’
Rodrigo Pacheco afirma que não há discussões no Senado Federal para tratar da privatização da Petrobras. Foto: JEFFERSON RUDY/AGÊNCIA SENADO

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou a jornalistas nesta quinta-feira, 12, que uma possível privatização da Petrobras “não está no radar ou na mesa de discussão neste momento”. Segundo o parlamentar, é importante haver estudos que fundamentem os diferentes cenários para o futuro da empresa antes de cogitar alguma decisão. “Em relação a esse tema, eu já disse outras vezes e reitero que os estudos, o aprofundamento de modelos, de possibilidades, eu acho importante que tenhamos um estudo aprofundado sobre possibilidades relativamente à Petrobras. Mas não considero que esteja no radar ou na mesa de discussão neste momento a privatização da empresa porque o momento é muito ruim para isso”, alegou mandatário, que alegou não haver “vilão ou mocinho” entre a União e a estatal.

Pacheco também ressaltou que seria necessário a participação da sociedade civil em uma eventual desestatização da petroleira, já que a empresa é um ativo nacional, e que as tratativas para uma possível venda da Petrobras não seria uma decisão a ser tomada de maneira rápida. Segundo o presidente da Casa, “essa definitivamente não é uma solução de curto prazo. Não se tem compreensão nem se é uma solução de médio e longo prazos. Estudos podem ser feitos, é o papel do ministro fazer todos estudos necessários. Mas entre o estudo e a realidade de concretização disso há uma distância muito longa e da qual o Congresso Nacional não se apartará”. O político finalizou seu comentário pontuando que a Petrobras precisa contribuir com soluções para os preços dos combustíveis no país para que haja uma “equalização” entre os lucros “estratosféricos” distribuídos aos acionistas e o preço final cobrado ao consumidor.

A fala de Rodrigo Pacheco refere-se ao pronunciamento realizado pelo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, na noite da última quarta-feira, 11, em que o novo chefe da pasta defendeu a desestatização da Petrobras e afirmou que a primeira medida no comando do ministério seria solicitar estudos que viabilizassem uma possível venda da petroleira. Sachsida havia declarado que contava com a “parceria do Congresso” para avançar nas privatizações.




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