Moraes admite erro e autoriza parte de campanha do governo

Em decisão com erro, Moraes disse que campanha era política
Por: Brado Jornal 26.ago.2022 às 17h38 - Atualizado: 26.ago.2022 às 17h39
Moraes admite erro e autoriza parte de campanha do governo
Imagem: Agência Senado

Depois de proibir uma campanha publicitária do governo sobre os 200 anos da Independência, cujo slogan seria “o futuro escrito em verde e amarelo”, o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), admitiu que cometeu um erro processual e permitiu, parcialmente, a veiculação da campanha governista. A decisão do ministro foi publicada com urgência na tarde desta sexta-feira (26).

Com a nova decisão, Moraes autoriza que o governo federal veicule o material, desde que sejam feitas alterações no conteúdo para atender à legislação eleitoral. Entre as mudanças determinadas pelo ministro, está a proibição do uso de comunicações de governo para fazer campanha. A iniciativa foi solicitada por André Costa, secretário especial de Comunicação Social do Ministério das Comunicações. Na campanha do Poder Executivo, havia a identificação do Turismo, Defesa e Relações Exteriores.

Como a Lei das Eleições restringe as publicidades do governo durante o período de campanha, nesse período, é necessário que o governo peça ao TSE para veicular propagandas. Por esse motivo, a campanha precisou passar por análise do ministro antes de ser veiculada. O valor da campanha não foi divulgado.

De acordo com a decisão de Moraes, o material do governo só poderá identificar os ministérios solicitantes da campanha, excluindo as menções a sites com as palavras “governo” ou “gov”. Moraes também determinou que seja retirada da campanha um trecho que diz”: “E essa luta também levamos para o nosso cotidiano, para a proteção das nossas famílias e sobretudo, para a construção de um Brasil melhor a cada dia.”

As peças publicitárias tinham a intenção de retratar momentos históricos do país, a partir de personagens importantes, acompanhados de elogios e sentimentos de pertencimento à nação brasileira. Segundo o ministro, o trecho que precisa ser retirado “excede à informação da população acerca do Bicentenário da Independência, com eventual conotação eleitoral”.


O trecho completo

Em decisão com erro, Moraes disse que campanha era política

Na primeira decisão desta sexta-feira, o ministro Alexandre de Moraes havia alegado que a campanha tinha cunho político, e por isso, havia sido proibida. Foi essa decisão que o ministro, mais tarde, admitiu que havia cometido erro.

“Há um viés político de campanha, conforme se extrai de vários trechos das peças publicitárias”, argumentou o juiz do TSE. “Trata-se de slogans e dizeres com plena alusão a pretendentes de determinados cargos públicos, com especial ênfase às cores que trazem consigo símbolo de uma ideologia politica, o que é vedado pela Lei eleitoral, em evidente prestígio à paridade de armas”

As peças publicitárias tinham a intenção de retratar momentos históricos do país, a partir de personagens importantes, acompanhados de elogios e sentimentos de pertencimento à nação brasileira.



📲 Baixe agora o aplicativo oficial da BRADO
e receba os principais destaques do dia em primeira mão
O que estão dizendo

Deixe sua opinião!

Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.

Sem comentários

Seja o primeiro a comentar nesta matéria!

Carregar mais
Carregando...

Carregando...

Veja Também
CCJ aprova PL da Dosimetria, e plenário pode votar nesta quarta
Projeto reduz penas de Bolsonaro e outros condenados por atos golpistas, gerando polêmica
Pastor Silas Malafaia sugere que Flávio Bolsonaro desista da Presidência em favor de Tarcísio
Líder evangélico defende chapa com Tarcísio de Freitas e Michelle Bolsonaro para enfrentar Lula em 2026
Marta Rodrigues pode assumir vaga de deputada federal
Articulação política dentro do PT envolve indicação de Josias Gomes ao TCE
Cantor Zezé Di Camargo se retrata após críticas ao SBT e filhas de Silvio Santos
Especial de Natal é cancelado pela emissora após polêmica envolvendo lançamento do SBT News
Jerônimo Rodrigues Fica Fora do Top 10 de Governadores Mais Bem Avaliados
Pesquisa AtlasIntel destaca desempenho de outros mandatários, enquanto governador da Bahia não figura na lista
Senado deve rejeitar integralmente o PL da Dosimetria, defende Alessandro Vieira
Relator do PL Antifacção considera insuficientes emendas ao texto vindo da Câmara e alerta para riscos de impunidade em crimes graves
Carregando..