O presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou na noite de terça-feira 13 a respeito do crime cometido pelo militante petista Ezequiel Lemos Ramos, que assassinou a ex-mulher e o filho em São Paulo na segunda-feira. O chefe do Executivo reclamou de uma suposta tentativa de uso de sua imagem na narrativa sobre o episódio.
Bolsonaro comentou o crime por meio de uma série de postagens nas redes sociais. O presidente afirmou que o crime seria vinculado ao seu governo, se não fosse a constatação de que o criminoso tem uma tatuagem no braço com o desenho do rosto de Lula (PT).
“Após mais uma tentativa covarde de me associar a um crime brutal sem o menor fundamento, a imprensa teve de descartar a narrativa por conta de uma tatuagem de Lula no braço do assassino. Dificilmente seguirão dando destaque, prova de que a preocupação nunca foi com as vítimas”, afirmou o presidente.
“O fato é que, se não existisse essa tatuagem, jornais ainda estariam explorando mais uma narrativa mentirosa para tentar convencer inocentes de que os milhões de pessoas que me apoiam, homens, mulheres, jovens e idosos, compactuam de alguma forma com esse tipo de barbaridade”, acrescentou.
Bolsonaro ainda reclamou da exploração política de crimes, dizendo que “quem tira uma vida de forma gratuita e cruel tem de apodrecer na cadeia, não interessa a opinião política”.
PT responsabiliza governo Bolsonaro sobre o crime
O Partido dos Trabalhadores também se manifestou formalmente sobre o episódio, por meio de nota assinada por Gleisi Hoffmann, no site oficial da legenda. A presidente da sigla relacionou o crime com o que diz entender ser uma cultura de violência estimulada pelo governo federal.
“O incentivo à violência e a liberação, pelo governo federal, da compra, posse e porte de armas estão na raiz de crimes e tragédias, como a que ocorreu ontem no Parque São Rafael, em São Paulo. O PT está solidário com os familiares das vítimas”, comentou Gleisi.
“Condenamos toda forma de violência, qualquer que seja a orientação política de quem a comete. Defendemos a apuração rigorosa do crime, para que a Justiça seja feita e tragédias assim não se repitam”, acrescentou a presidente do PT.
Sobre o caso
A Justiça de São Paulo decretou na terça-feira 13 a prisão preventiva de Ezequiel Lemos Ramos, 39 anos, acusado de matar a ex-mulher e o filho. O crime foi gravado por uma câmera de segurança.
O homem é estudante de medicina, tem registro de Colecionador de Armas, Atirador Desportivo e Caçador (CAC) e uma tatuagem de Lula (PT) no braço esquerdo. O nome do filho mais novo, Luiz Inácio Nicolich Lemos, é uma homenagem ao ex-presidente.
As imagens mostram um Fiat Uno branco, desgovernado, batendo em um poste. Segundos antes, a ex-mulher do petista, que dirigia o carro, havia levado um tiro. Depois da colisão, o assassino disparou novamente contra o automóvel e correu.
Ezequiel foi detido em flagrante por um policial militar de folga. Ele foi levado ao 49º Distrito Policial (DP), em São Mateus, onde acabou preso e indiciado por duplo homicídio doloso qualificado, feminicídio, emboscada e tentativa de homicídio.
- Em que isso ajudaria a não ser no estímulo à violência? Criminosos como esse que assassinou a ex-mulher e o filho em SP devem ser tratados como criminosos e ponto final. Quem tira uma vida de forma gratuita e cruel tem que apodrecer na cadeia, não interessa a opinião política!
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) September 14, 2022
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