O Ministério Público Federal (MPF) arquivou nesta quarta-feira, 21, um inquérito contra o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, que investigava irregularidades nas operações de crédito do governo de Dilma Rousseff (PT). A investigação das “pedaladas fiscais” foi a base para o pedido de impeachment da ex-presidente.
Em 2015, Dilma foi acusada de cometer as pedaladas, o que configura atraso de repasses obrigatórios em bancos públicos de recursos usados no pagamento de benefícios sociais. Na época, além da ex-presidente, o então secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, e Mantega foram investigados.
A petista usou as redes sociais para comemorar a decisão. “Seis anos depois do meu impeachment por infundado crime de responsabilidade, o MPF arquiva inquérito sobre ‘pedaladas fiscais”, escreveu no Twitter.
O MPF homologou o arquivamento informando que tanto o Tribunal de Contas da União quanto à Corregedoria do Ministério da Economia “afastaram a possibilidade de responsabilização dos agentes públicos que concorreram para as pedaladas fiscais do ano de 2015, seja em virtude da constatação da boa-fé dos implicados, seja por apenas procederem conforme as práticas do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão”.
Hoje, Miguel Reale Júnior, ex-ministro da Justiça e um dos autores do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, declarou apoio a Lula (PT), candidato à Presidência, neste ano. Anteriormente, Reale queria apoiar algum candidato da “terceira via”. Contudo, segundo ele, compreendeu que é prioridade que Lula vença no primeiro turno.
“Sem perspectiva de vitória da terceira via, é importante que Lula vença no primeiro turno, para se impedir ação desesperada de Bolsonaro”, disse ao jornal O Estado de S. Paulo. “Decidir por Lula é consequência de saber que assim se evitarão ataques à democracia, à dignidade da pessoa humana e ao meio ambiente, que, com certeza, sucederão com maior intensidade em novo mandato de Bolsonaro.”
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