Moraes revoga medidas cautelares de réu absolvido do 8 de Janeiro

Homem foi inocentado por ausência de provas para a condenação
Por: Brado Jornal 27.mar.2024 às 10h56
Moraes revoga medidas cautelares de réu absolvido do 8 de Janeiro
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, revogou nesta terça-feira (26) as medidas cautelares impostas ao único réu inocentado do 8 de Janeiro, Geraldo Filipe da Silva. A ação se deu no plenário virtual da Corte –modalidade em que os ministros depositam seus votos e não há discussão.

Na decisão, o ministro argumentou que, diante da absolvição do réu, não há motivos para a manutenção das medidas cautelares. No dia 8 de março, Moraes havia inocentado o homem por não haver provas suficientes para a condenação.


Eis as medidas revogadas:

  • comparecimento semanal perante o Juízo da Execução da Comarca de origem;
  • proibição de ausentar-se do país e entrega de passaportes;
  • cancelamento de passaportes;
  • confisco de armas de fogo;
  • proibição de utilização de redes sociais
  • uso de tornozeleira eletrônica;
  • recolhimento domiciliar à noite e aos finais de semana e
  • proibição de comunicar-se com os demais envolvidos.


Segundo a defesa de Silva –um homem em situação de rua–, ele não cometeu nenhum dos crimes pelo qual foi denunciado. No 8 de Janeiro, quando avistou os manifestantes, teria se aproximado dos locais onde houve vandalismo por “curiosidade” para ver do que se tratava.

Os advogados disseram também que, no momento em que Geraldo Filipe da Silva se aproximou do tumulto, ele foi confundido com um “infiltrado”. O morador de rua foi preso na Praça dos Três Poderes, supostamente com “acessórios” utilizados para os atos de vandalismo.

No interrogatório policial, o homem afirmou que morava havia 3 meses no Distrito Federal e que se encontrava em situação de rua, depois de fugir de Pernambuco –seu Estado de origem– por estar sendo perseguido pelo PCC (Primeiro Comando da Capital).

No 8 de Janeiro, o réu disse que estava sozinho e que não conhecia os demais detidos. Ao ver que um policial legislativo estava sendo agredido pelos vândalos, ele supostamente teria pulado a barreira de proteção para encontrar um “local seguro”.

No entanto, os manifestantes teriam pedido para que ele retornasse, chamando-o de “vagabundo” e “petista”. Durante a confusão, ele teria tentado fugir novamente e, nesse momento, foi detido por policiais militares.



📲 Baixe agora o aplicativo oficial da BRADO
e receba os principais destaques do dia em primeira mão
O que estão dizendo

Deixe sua opinião!

Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.

Sem comentários

Seja o primeiro a comentar nesta matéria!

Carregar mais
Carregando...

Carregando...

Veja Também
PF intima Juscelino Filho a depor sobre desvio de emendas
Eleito deputado federal pelo Maranhão, Juscelino Filho se licenciou do cargo para assumir o Ministério das Comunicações no governo Lula
Governo Lula nomeia substituto do primo de Lira para Incra
Ex-comandante de ONG ocupará posto em Alagoas após exoneração na semana passada que agravou irritação de presidente da Câmara
MP do TCU pede investigação sobre a megalicitação de Lula
A revelação levou dois deputados a pedirem explicações ao ministro-chefe Paulo Pimenta
Bolsonaro é ovacionado em Aracaju
Ex-presidente foi recebido pela pré-candidata à prefeitura de Aracaju, Emília Corrêa
Lira pede que Felipe Neto seja investigado por injúria
Presidente da Câmara fez publicação no X depois de ser chamado de “excrementíssimo” pelo youtuber
Carregando..