Biden marca telefonema com Lula para falar sobre eleições na Venezuela

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, o órgão eleitoral daquele país, que é ligado ao governo, apontou a vitória do atual presidente Nicolás Maduro por 51,2% dos votos
Por: Brado Jornal 30.jul.2024 às 10h49
Biden marca telefonema com Lula para falar sobre eleições na Venezuela
Ricardo Stuckert/Agência Brasil

Ainda mantendo silêncio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá conversar, nesta terça-feira, 30, às 15h30, com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para tratar sobre a eleição presidencial na Venezuela, que ocorreu no último domingo, 28, marcada por suspeita de fraude. O telefonema ocorre em meio ao aumento de tensão na América do Sul, após a proclamação da reeleição de Nicolás Maduro sem apresentar as atas de urna.

Conforme mostrou a Coluna do Estadão, a ligação foi um pedido da Casa Branca, que tem o Brasil como seu principal interlocutor na América do Sul. O telefonema foi incluído nesta manhã na agenda da presidência da República e irá ocorrer no Palácio do Planalto.

Na segunda-feira, 29, o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, conversou com Maduro e com o candidato da oposição no pleito, Edmundo González. Na conversa com Maduro, Amorim pediu ao ditador que divulgue o quanto antes as atas de votação das eleições. O líder venezuelano disse a Amorim que só não divulgou as atas porque houve um "ataque hacker" durante a apuração, mas prometeu publicá-las nos próximos dias.

Lula ainda não se manifestou sobre as eleições na Venezuela. Segundo integrantes do governo, a gestão federal ainda está em conversas com representantes venezuelanos e observadores eleitorais para elaborar uma declaração.

Na segunda-feira, 29, o Palácio Itamaraty divulgou uma nota dizendo acompanhar "com atenção" o processo de apuração das eleições na Venezuela. O governo brasileiro reafirmou o princípio fundamental da soberania popular e disse aguardar publicação do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) dos dados desagregados por mesa de votação que, segundo a gestão, é passo "indispensável" para dar legitimidade ao resultado do pleito.

Amorim seguiu na mesma linha e cobrou transparência no processo eleitoral da Venezuela. O assessor, contudo, afirmou que não irá endossar "nenhuma narrativa de fraude" nas eleições presidenciais.

O assessor foi enviado na sexta-feira, 26, ao país vizinho para acompanhar o pleito. Ele retorna nesta terça-feira ao Brasil e pode se reunir com Lula ainda hoje para tratar sobre o assunto.

Mesmo com o silêncio de Lula, o PT, partido do chefe do Executivo, divulgou nota na noite de segunda exaltando as eleições no país vizinho. Na publicação, feita no site do partido e assinada pela Executiva Nacional da legenda, a legenda chamou o ditador de "presidente Nicolás Maduro, agora reeleito" e defendeu que ele "continue o diálogo com a oposição".



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