Desafeto de Pablo Marçal (PRTB), o pastor Silas Malafaia saiu em defesa do apresentador de TV José Luiz Datena (PSDB), que agrediu o adversário com uma cadeira durante o debate da TV Cultura na noite deste domingo. Malafaia, líder da igreja evangélica Assembleia de Deus Vitória em Cristo, e que vem divulgando vídeos quase diários com críticas a Marçal, acusou o empresário de querer "mais uma armação de vitimização".
O pastor frisou não ser favorável a "violência nenhuma contra ninguém", mas criticou Marçal por, em suas palavras, ter "atingido a honra" de Datena. No debate deste domingo, o candidato do PSDB se incomodou com a menção de Marçal a um suposto caso de assédio e partiu para a agressão física após uma sequência de provocações e insultos entre ambos.
"Ele está levando a campanha a um nível muito baixo. Provoca o Datena o tempo todo, mexe com a honra do cara. Não tem nenhuma denúncia, nada. Vitimização é o que ele sabe fazer. Eu não sou a favor de violência nenhuma contra ninguém, só que ele (Marçal) não está enganando. Está ficando baixo", afirmou Malafaia.
Logo após o debate, Malafaia disparou pelo WhatsApp imagens da confusão, que mostram Marçal discutindo com Datena e erguendo os braços após ser atingido pela cadeirada. Em seguida, o candidato do PRTB aparece caminhando com a mão na região do tórax e solicitando uma ambulância para deixar o local do debate.
"Pablo Marçal atinge a honra de Datena, toma cadeirada, sai andando e pede ambulância. Vem aí mais uma armação de vitimização", escreveu o pastor na rede social.
Malafaia, que se indispôs com Marçal pela primeira vez na campanha eleitoral de 2022, voltou a se irritar com o candidato do PRTB após uma manifestação organizada pelo pastor em São Paulo, no último Sete de Setembro.
A pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), aliado próximo de Malafaia, candidatos à prefeitura de São Paulo que buscam o voto da direita foram convidados a subir no trio elétrico do pastor. O atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) e a candidata do Novo, Marina Helena, estavam entre os presentes.
Marçal, que decidiu viajar dias antes para El Salvador, onde gravou um documentário para sua campanha, chegou à manifestação já na reta final e foi impedido de subir no trio elétrico. O candidato do PRTB explorou o momento em suas redes sociais, sugerindo ter sido boicotado por Malafaia.
O pastor, em resposta, criticou Marçal por ter se ausentado do início da manifestação, e sugeriu que o candidato do PRTB evita se indispor com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes -- alvo de pedidos de impeachment durante o ato no Sete de Setembro. A mesma acusação foi feita no debate da TV Cultura, neste domingo, por Marina Helena. Marçal vem negando qualquer preocupação em manter boa relação com Moraes e diz que é necessário pressionar o Senado, e não candidatos a prefeito, para abrir pedidos de impeachment contra ministros do Supremo.
Marçal, que vinha anunciando nos últimos dias a intenção de “desestabilizar” Datena e forçá-lo a desistir da candidatura, iniciou o debate citando uma acusação por assédio sexual contra o candidato tucano. Sem digerir a fala de Marçal, Datena retomou o assunto em diferentes momentos para negar quaisquer acusações e atingiu o candidato do PRTB com uma cadeira após uma das provocações.
No primeiro bloco de perguntas entre candidatos, Datena se recusou a elaborar uma questão para Marçal após o candidato do PRTB ser sorteado para respondê-lo.
"Me reservo ao direito de não perguntar nada. Até agora ele subverteu toda a perspectiva desses debates, transformando em mero programa para a internet dele", criticou Datena.
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