Pacheco diz que proposta que limita decisões individuais de ministros não é retaliação ao STF

Presidente do Senado defendeu a necessidade de que a constitucionalidade de uma lei aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente da República seja decidida pelo colegiado do STF, e não por um único ministro em decisão monocrática.
Por: Brado Jornal 14.out.2024 às 10h37
Pacheco diz que proposta que limita decisões individuais de ministros não é retaliação ao STF
Lula Marques/Agência Brasil

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou neste sábado (12) que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita decisões monocráticas dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não se trata de uma ação de retaliação ou revanchismo contra a Corte. A proposta faz parte de um conjunto de medidas que está sendo discutido no Senado, visando alterar o funcionamento do STF.

“Está longe de ser qualquer tipo de revanchismo, de retaliação ou de afronta ao Supremo Tribunal Federal ou ao poder Judiciário. Eu não me permitiria isso. Tenho plena noção da importância do Poder Judiciário, da importância do Supremo Tribunal Federal, inclusive na consolidação da nossa democracia”, afirmou Pacheco durante uma entrevista coletiva em Roma, na Itália, onde participava do II Fórum Esfera Internacional.

Pacheco defendeu a necessidade de que a constitucionalidade de uma lei aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente da República seja decidida pelo colegiado do STF, e não por um único ministro em decisão monocrática.

“É algo muito óbvio. Espero ver [a PEC] aprovada na Câmara dos Deputados, promulgada e respeitada pelo Supremo Tribunal Federal, porque ela é boa para o país. Ela garante que a inconstitucionalidade de uma lei só pode ser declarada pelo colegiado. A força do Supremo Tribunal Federal está na sua colegialidade e não na sua individualidade”, afirmou.

A proposta foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados na última quarta-feira (9), com 39 votos favoráveis e 18 contrários. O texto já havia sido discutido em sessões anteriores da comissão e agora seguirá para votação no plenário da Câmara. Para ser aprovada, a PEC precisa do apoio de, no mínimo, 308 deputados em dois turnos de votação.

Ao ser questionado sobre outra PEC, que permitiria ao Congresso suspender decisões do STF por até quatro anos se consideradas abusivas, Pacheco foi enfático ao dizer que essa proposta seria inconstitucional.

“A palavra final sobre a constitucionalidade de uma lei em um país democrático é do Supremo Tribunal Federal. Isso nós não discutimos e não questionamos, pelo menos de minha parte”, concluiu o presidente do Senado.



📲 Baixe agora o aplicativo oficial da BRADO
e receba os principais destaques do dia em primeira mão
O que estão dizendo

Deixe sua opinião!

Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.

Sem comentários

Seja o primeiro a comentar nesta matéria!

Carregar mais
Carregando...

Carregando...

Veja Também
Lewandowski silencia sobre veto a acampamentos na praça dos Três Poderes
Ministro da Justiça, que já defendeu a praça como símbolo de liberdade, evita comentar restrição imposta por Moraes
Tarcísio alerta para impacto de tarifas de Trump na economia de São Paulo
Governador prevê retração no PIB e perda de empregos devido a medidas dos EUA
Manifestação em defesa de Jair Bolsonaro reúne grupo no Farol da Barra
No entanto, a ausência de João Roma, presidente do PL na Bahia, e de sua esposa, a deputada federal Roberta Roma, chamou atenção.
Pacheco reafirma oposição à anistia para condenados do 8 de Janeiro
Ex-presidente do Senado critica aliados de Bolsonaro e defende democracia
Carregando..