Governo se reúne com setor produtivo para tentar frear alta dos alimentos

Alckmin lidera encontro com representantes da indústria e supermercados em meio à pressão sobre a inflação e popularidade de Lula
Por: Brado Jornal 06.mar.2025 às 08h31
Governo se reúne com setor produtivo para tentar frear alta dos alimentos
Marcelo Camargo/Agência Brasil

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), se reúne nesta quinta-feira (6) com representantes do setor produtivo para discutir medidas que possam reduzir o preço dos alimentos. A inflação nos supermercados tem sido um dos principais fatores na queda da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo apontam pesquisas de opinião desde o início do ano.

Pela manhã, Alckmin terá uma reunião com ministros ligados à produção de alimentos, como os responsáveis pelas pastas de Agricultura e Desenvolvimento Agrário. À tarde, o encontro será com representantes de setores como supermercados, processamento de proteínas, açúcar, óleos vegetais e biocombustíveis.

De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os alimentos registraram um aumento de 7,7% em 2024 em comparação com 2023. No entanto, economistas projetam uma desaceleração ao longo de 2025. Em janeiro, a inflação no setor foi de 0,96%, abaixo dos 1,18% registrados em dezembro.

O governo reconhece que a alta dos alimentos tem pesado no bolso da população e afetado a avaliação de Lula. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que os maiores aumentos ocorreram em produtos que lideram as exportações brasileiras.

"Nós temos um problema conjuntural de preços de alimentos que são commodities e dispararam no mercado internacional. O Brasil virou o supermercado do mundo e passou a exportar não só alimentos processados, mas também in natura", explicou Costa.

O governo aposta em alguns fatores para conter a inflação alimentar:

  • Aumento da safra: Com uma maior produção, a oferta de alimentos no mercado interno deve crescer, o que pode reduzir os preços.
  • Recuo do dólar: A queda na cotação da moeda americana pode baratear os produtos importados usados na produção de alimentos.
  • Redução de impostos: A Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA) tem discutido com o governo a possibilidade de cortes em tributos sobre determinados produtos.

Apesar das medidas em estudo, a equipe de Lula tenta minimizar os impactos da alta dos preços na popularidade do presidente. Rui Costa enfatizou que, apesar da queda nos índices de aprovação, Lula ainda se mantém como favorito para a eleição de 2026, segundo as pesquisas mais recentes.



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