O governo federal oficializou nesta quarta-feira (9/4) a exoneração de Juscelino Filho (União Brasil-MA) do Ministério das Comunicações. A saída foi publicada no Diário Oficial da União e assinada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que ocupa interinamente a Presidência da República enquanto Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em Honduras.
A decisão ocorre um dia após Juscelino ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suspeita de envolvimento em um esquema de desvio de emendas parlamentares quando era deputado federal. Segundo a acusação, os recursos foram direcionados a obras em Vitorino Freire (MA), município administrado à época por sua irmã, Luanna Rezende.
A denúncia, protocolada pelo procurador-geral Paulo Gonet no Supremo Tribunal Federal (STF), tem como base investigações da Polícia Federal, que apontam possíveis crimes de organização criminosa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, fraude em licitação e falsidade ideológica.
Diante da gravidade das acusações, Lula telefonou a Juscelino ainda na terça-feira (8/4) e pediu que ele se afastasse do governo para se concentrar em sua defesa. Em nota divulgada à imprensa, o agora ex-ministro afirmou que a saída representa “um gesto de respeito ao governo e ao povo brasileiro”.
“Preciso me dedicar à minha defesa, com serenidade e firmeza, porque sei que a verdade há de prevalecer. As acusações que me atingem são infundadas, e confio plenamente nas instituições do nosso país, especialmente no Supremo Tribunal Federal, para que isso fique claro”, declarou Juscelino.
O governo ainda avalia o nome que assumirá a pasta das Comunicações, mas a tendência é que o União Brasil mantenha o controle do ministério. O deputado Pedro Lucas Fernandes (União-MA) é o principal cotado para o cargo.
Deixe sua opinião!
Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.
Sem comentários
Seja o primeiro a comentar nesta matéria!
Carregando...