O senador Angelo Coronel (PSD‑BA) voltou a balançar a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) ao criticar, em entrevista à Rádio 93 FM de Jequié, a tentativa petista de montar praticamente toda a chapa governista para a eleição de 2026. “Antigamente, os nazistas de Hitler queriam manter uma raça pura. Sem querer ir a esse extremo passado, é inadmissível o PT querer três, até quatro vagas”, disparou.
No desenho ventilado por dirigentes do PT, Jerônimo buscaria a reeleição, enquanto Jaques Wagner e Rui Costa disputariam as duas cadeiras ao Senado; sobraria apenas o posto de vice, que hoje é do MDB. Coronel, que planeja concorrer novamente ao Senado, disse que o PSD “não concorda” em ficar de fora: “A política é arte de somar. Se o grupo que detém o poder achar que deve excluir o PSD, vamos avaliar nosso rumo”.
O rompimento, se consumado, pode enfraquecer a coalizão que governa a Bahia desde 2007. O PSD comanda 105 prefeituras, tem a presidência da Assembleia Legislativa e é peça‑chave no interior. Aliados petistas minimizam a retórica — lembram que Coronel fez ameaças semelhantes em 2022, mas acabou na chapa —, porém admitem que o partido precisa oferecer compensações ao PSD para manter a união até as convenções.
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