Wolney Queiroz, novo titular da Previdência Social no governo Lula, declarou que o período de 2019 a 2022 foi marcado pela entrada de “ladrões na casa”. Durante esse intervalo, segundo ele, fraudes bilionárias em descontos não autorizados contra aposentados e pensionistas do INSS se intensificaram. O ministro, que assumiu o cargo após a demissão de Carlos Lupi (PDT) por Lula, destacou que o Congresso Nacional discutia, desde 2019, uma medida para revalidar anualmente os beneficiários que autorizavam descontos associativos. Contudo, a proposta foi abandonada em 2022 com a aprovação da Lei 14.438/2022 e de uma medida provisória, pondo fim à exigência de revalidação.
Queiroz explicou que a ausência de revalidação criou um cenário favorável para fraudes. “Nesse período, cerca de 11 empresas, em sua maioria associações novas, conseguiram credenciamento no INSS. Mais tarde, descobrimos, por meio de uma operação, que eram 100% fraudulentas”, afirmou. Essas organizações, segundo ele, firmaram acordos de cooperação técnica com o INSS e passaram a aplicar descontos indevidos, que cresceram exponencialmente em 2023 e 2024. A irregularidade só foi identificada após uma operação da Advocacia-Geral da União (AGU) em abril de 2025.
Nesta quinta-feira, Wolney participa da Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle (CTFC) do Senado, onde apresenta medidas para combater as fraudes. Ele atribuiu o aumento dos descontos não autorizados à decisão de 2022, que, ao eliminar a revalidação, permitiu que empresas fraudulentas atuassem livremente.
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