Ponte Salvador-Itaparica: chineses pedem mais recursos e agilidade para obras

Durante viagem à China na última semana, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), reuniu-se duas vezes com o consórcio chinês responsável pela construção da Ponte Salvador-Itaparica
Por: Brado Jornal 21.mai.2025 às 11h08
Ponte Salvador-Itaparica: chineses pedem mais recursos e agilidade para obras
Ponte Salvador-Itaparica é sonho antigo do governo baiano - Foto: Divulgação | GOVBA
Durante viagem à China na última semana, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), reuniu-se duas vezes com o consórcio chinês responsável pela construção da Ponte Salvador-Itaparica. As empresas apresentaram demandas inesperadas, apesar de um acordo firmado há três meses com mediação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) para um termo aditivo no contrato. No segundo encontro, as negociações avançaram, renovando o otimismo de Jerônimo para o início das obras ainda em seu mandato.

Um dos pontos levantados foi a identificação de uma rocha excessivamente maleável na Baía de Todos-os-Santos, detectada em sondagens realizadas entre o segundo semestre de 2024 e o primeiro semestre de 2025. Essa condição pode elevar os custos da obra. “Eles questionaram se, caso a rocha mole aumente os gastos, haverá revisão no contrato. Respondi que sim, qualquer dificuldade apontada pela sondagem será ajustada”, afirmou Jerônimo em entrevista ao Portal A TARDE na terça-feira, 20 de maio de 2025.

Outra demanda envolve a liberação de vistos de trabalho para engenheiros chineses, devido à burocracia do processo no Brasil. “Eles pediram mais rapidez na concessão de vistos, pois a fila está extensa”, explicou o governador. A China exige visto para entrada no Brasil, mas, uma vez autorizados, os profissionais podem permanecer no país por até 10 anos.

Por fim, o consórcio solicitou um aporte adicional de R$ 1,5 bilhão do Banco do Nordeste (BNB), que já investiu R$ 3 bilhões no projeto. Jerônimo intermediou uma reunião entre o banco e as empresas, inicialmente marcada para terça-feira, mas adiada para o próximo mês. Além disso, o governador buscou apoio do Novo Banco de Desenvolvimento (BRICS), presidido por Dilma Rousseff (PT), em Xangai. “Conversei com Dilma e perguntei se ela poderia avaliar a liberação de mais R$ 1,5 bilhão. Ela se mostrou aberta a analisar a proposta com as empresas”, relatou Jerônimo.


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