Na terça-feira, 20 de maio de 2025, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), conduziu uma reunião com líderes partidários em Brasília para debater a proposta de anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Durante o encontro, Motta enfatizou a necessidade de formular um texto que não seja derrubado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por inconstitucionalidade, alertando que a aprovação de uma proposta sem o aval da Corte seria um esforço em vão. “Não adianta avançarmos com algo que o STF vai barrar. Precisamos de um projeto sólido e juridicamente viável”, declarou, segundo relatos de participantes.
A discussão sobre a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, tem gerado divergências no Congresso. Para buscar um consenso, o líder do PP, Dr. Luizinho (RJ), sugeriu, conforme apurado pela CNN, a elaboração de uma nova minuta de relatório que contemple ajustes para atender às exigências legais e evitar conflitos com o STF. Contudo, nenhum deputado foi formalmente designado para assumir a relatoria desse novo texto, o que reflete a complexidade do tema e a falta de acordo entre as bancadas.
A oposição, composta por partidos alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, manifestou resistência à ideia de submeter o projeto ao crivo do STF. Lideranças contrárias argumentaram que condicionar a proposta à aprovação prévia da Corte comprometeria a autonomia do Legislativo. “O Congresso não pode trabalhar refém do Judiciário. Temos que legislar com independência”, afirmou um líder oposicionista, segundo fontes presentes. Essa divergência contribuiu para o encerramento da reunião sem uma decisão concreta, deixando o futuro do projeto incerto.
O debate sobre a anistia ocorre em um contexto de polarização política, com o governo e aliados de Jerônimo Rodrigues (PT) defendendo a manutenção das condenações, enquanto setores da oposição buscam a liberação dos envolvidos, muitos dos quais foram presos por atos de vandalismo e tentativa de subversão da ordem democrática. A insistência de Motta em alinhar o texto com o STF reflete a preocupação com a sustentabilidade jurídica da proposta, mas também evidencia os desafios de conciliar interesses políticos divergentes em um tema tão sensível.
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