Quatro ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), consultados pela colunista Bela Megale, do jornal O Globo, defendem que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adote uma postura firme contra as ameaças dos Estados Unidos de impor sanções ao ministro Alexandre de Moraes. Eles argumentam que o governo federal deve comunicar à administração de Donald Trump que os EUA não têm legitimidade para interferir em questões internas do Brasil, especialmente no que diz respeito ao Poder Judiciário.
A cobrança dos magistrados não é nova. Há três meses, eles já haviam solicitado uma reação contundente do governo brasileiro diante das críticas do empresário Elon Musk ao ministro Moraes. O Itamaraty, por sua vez, tem trabalhado para explicar às autoridades americanas o papel do STF na defesa da democracia no Brasil.
As declarações surgem após o chefe do Departamento de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmar, durante audiência na Comissão de Relações Exteriores do Congresso americano na quarta-feira, 21 de maio de 2025, que sanções contra Moraes estão em análise e são “muito prováveis”. A possibilidade foi levantada em resposta a uma questão do deputado republicano Corry Mills, da Flórida. O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos EUA buscando apoio de congressistas republicanos e membros do governo Trump para medidas contra Moraes, celebrou a iniciativa.
Apesar das pressões internacionais, os ministros do STF reafirmam seu compromisso com a independência judicial. Eles garantem que continuarão atuando sem ceder a interferências externas, incluindo no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acusado de tentativa de golpe de Estado.
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