Em discurso na sexta-feira (6.jun.2025), durante evento do PL Mulher em Brasília, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que não pretende “lacrar” ou confrontar durante seu depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), marcado para a próxima semana. Réu no caso que investiga a tentativa de golpe, Bolsonaro pediu que seus apoiadores acompanhem a oitiva, conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes. “Estarei lá com a verdade ao nosso lado. Não vou para desafiar ninguém, mas conto com a audiência de vocês”, declarou.
Preparação em São Paulo
Após o evento, Bolsonaro viajou para São Paulo em um “chamamento imprevisto” para se reunir com seus advogados e se preparar para o depoimento. Ele ficará na capital paulista até sábado (7.jun), hospedado no Palácio Bandeirantes, residência oficial do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). “Vou me reunir com minha equipe jurídica para enfrentar esses desafios. Ninguém nos intimidará”, afirmou.
Oitiva no STF
O depoimento de Bolsonaro está agendado para a próxima segunda-feira (9.jun), mas ele acredita que será ouvido na terça ou quarta-feira, por ser o sexto na ordem dos interrogatórios. Além dele, outros sete réus do “núcleo crucial” da ação penal sobre a intentona golpista também serão interrogados na 1ª Turma do STF.
As oitivas ocorrerão presencialmente, com cada réu em um local reservado na Corte, conforme determinado por Moraes. Embora os réus estejam proibidos de se comunicar devido a medidas cautelares, cumprimentos são permitidos.
Ordem dos depoimentos
Os interrogatórios seguirão a seguinte sequência:
Alexandre Ramagem, deputado federal (PL-RJ) e ex-diretor da Abin;
Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha;
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
Augusto Heleno, general e ex-ministro do GSI;
Jair Bolsonaro, ex-presidente;
Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa;
Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice-presidente.
A expectativa é que os depoimentos tragam novos esclarecimentos sobre a investigação, que apura a tentativa de golpe de Estado. Bolsonaro reforçou seu compromisso em apresentar sua versão dos fatos, mantendo o tom de confiança diante do julgamento.
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