Na quarta-feira (11.jun.2025), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) usou as redes sociais para zombar de uma declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o alcance de um vídeo do parlamentar que critica as regras de fiscalização do Pix propostas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O vídeo, publicado no Instagram, acumula 333 milhões de visualizações.
Polêmica sobre números e ironia
Haddad questionou a audiência do vídeo durante uma audiência pública na Câmara, afirmando que “não existem 300 milhões de falantes de português no mundo”. Em resposta, Nikolas publicou no X: “Se Baby Shark tem 15 bilhões de views com só 8 bilhões de pessoas no planeta, como isso é possível?”. Ele fez referência ao clipe infantil no YouTube, que, até as 3h25 de quinta-feira (12.jun.2025), alcançava 15.980.188.380 visualizações.
O parlamentar também aproveitou para criticar o governo, compartilhando a fala de Haddad e escrevendo: “Essa é a turma que quer ‘controlar as redes’”. A troca de provocações reflete a tensão entre o congressista e o ministro em torno do chamado “Pixgate”.
Contexto do vídeo e acusações
O vídeo de Nikolas ataca uma norma da Receita Federal que previa maior controle sobre transações financeiras acima de R$ 5.000, incluindo o Pix. O deputado alega que a medida seria um prelúdio para a criação de um “imposto sobre o Pix” e acusou o governo de tentar aumentar a arrecadação às custas da população. Haddad, por sua vez, classificou as críticas como “fake news” impulsionadas por “big techs” e minimizou o impacto do vídeo, sugerindo exagero nos números de visualizações.
Visualizações explicadas
A polêmica ganhou força porque o Instagram contabiliza visualizações repetidas, ou seja, uma mesma pessoa pode assistir ao vídeo várias vezes, inflando o número total. Conforme o site oficial da plataforma, “visualizações não equivalem a contas alcançadas, já que um mesmo usuário pode ver o conteúdo repetidamente”.
O embate entre Nikolas e Haddad evidencia o uso estratégico das redes sociais na disputa política e reacende o debate sobre a regulamentação de plataformas digitais no Brasil.
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