Em entrevista à Brado Rádio nesta segunda-feira (16, Mauro Cardim, potencial candidato ao governo da Bahia pelo partido Missão, ligado ao Movimento Brasil Livre (MBL), detalhou suas propostas para segurança pública e educação, criticou a gestão do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e abordou a escalada da violência na Bahia, com foco nas facções criminosas que atuam na capital baiana. Cardim também rebateu declarações da atriz Luana Piovani sobre a polícia baiana, defendendo os militares que, segundo ele, trabalham pela segurança da sociedade. Ele comparou a situação da Bahia com o Rio de Janeiro, destacando estratégias políticas do partido Missão para as eleições de 2026.
Facções criminosas na capital baiana
Cardim destacou a presença de pelo menos 21 facções criminosas atuando na Bahia, com forte presença em Salvador, conforme dados da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). Entre as principais organizações citadas estão o Bonde do Maluco (BDM), que opera em bairros como Ilha de Maré e Valéria, e o Comando Vermelho (CV), com influência em áreas como Cosme de Farias e Subúrbio Ferroviário. Ele mencionou também o Primeiro Comando da Capital (PCC), que utiliza o litoral baiano para o tráfico internacional, e grupos locais como Raio A, Raio B, e Primeiro Comando de Eunápolis (PCE), que intensificam conflitos em regiões periféricas. “Essas facções transformaram Salvador num campo de batalha, com 6.616 homicídios em 2024, segundo o Atlas da Violência. É um cenário de guerra que exige ação firme”, afirmou Cardim, apontando a disputa por territórios como principal motor da violência.
Rebate a Luana Piovani e defesa da polícia baiana
Cardim respondeu às declarações da atriz Luana Piovani, que, em 21 de maio de 2025, criticou a polícia baiana como uma força que “trabalha com extermínio” após a morte do guia turístico Victor Santana Cerqueira Santos, de 28 anos, em uma operação em Caraíva, Porto Seguro. Piovani alegou que câmeras foram desligadas para encobrir abusos policiais. Em um vídeo publicado em suas redes sociais, Cardim rebateu: “É fácil falar de longe sem conhecer a realidade dos policiais baianos, que arriscam a vida contra facções armadas. Acusar sem provas é injusto e desmoraliza quem protege a sociedade.” Ele defendeu a atuação dos militares, destacando que, em 2023, a polícia baiana apreendeu 4 mil armas, incluindo 47 fuzis, e realizou 12 mil prisões, enfrentando um cenário onde “criminosos andam em bandos, enquanto policiais operam com recursos limitados”. Cardim reconheceu a necessidade de investigar abusos, mas pediu respeito aos agentes que “dão o sangue pela segurança da sociedade baiana”.
Deixe sua opinião!
Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.
Sem comentários
Seja o primeiro a comentar nesta matéria!
Carregando...