Desde 2007, a Bahia tem sido governada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), com Jaques Wagner (2007-2014), Rui Costa (2015-2022) e, desde 2023, Jerônimo Rodrigues. Embora Wagner e Costa tenham enfrentado críticas por sua gestão, Jerônimo Rodrigues se destaca como o pior governador do PT no estado, agravando problemas socioeconômicos, com destaque para o aumento da violência e a estagnação na educação. Sua administração, marcada por promessas não cumpridas e ausência de entregas significativas, tem deixado a Bahia refém de índices alarmantes, especialmente na segurança pública.
A Bahia enfrenta desafios crônicos em indicadores socioeconômicos, e a gestão de Jerônimo Rodrigues não trouxe avanços. Segundo a PNAD Contínua do IBGE (novembro de 2023), o estado registrou a maior taxa de desemprego do país, com 13,3%, praticamente inalterada em relação ao primeiro semestre de 2023 (13,4%). Isso reflete a incapacidade de Rodrigues em promover crescimento econômico ou gerar empregos, deixando a Bahia atrás de estados como Pernambuco (13,2%) e Amapá (12,6%).
A pobreza e a desigualdade também persistem. O programa "Bahia Sem Fome" foi criticado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) por negligenciar 17 cidades do interior, que não receberam restaurantes populares, evidenciando falta de planejamento na redução das desigualdades, uma promessa central do PT.
Segurança Pública: O Colapso da Bahia sob Jerônimo
A segurança pública é o maior fracasso das gestões petistas na Bahia, e sob Jerônimo Rodrigues o estado consolidou-se como o mais violento do Brasil. Desde 2019, a Bahia lidera o ranking nacional de mortes violentas, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Entre 1981 e 2021, a taxa de homicídios no estado cresceu 1.392%, com um aumento de 102,8% durante as gestões do PT até 2021.
O aumento da violência é atribuído à falta de investimento na Polícia Militar e à ausência de respaldo aos agentes de segurança. Durante os governos do PT, especialmente sob Jerônimo, a PM enfrentou condições precárias, com viaturas sucateadas, falta de equipamentos modernos e efetivo insuficiente para cobrir o estado. Promessas de campanha, como a implementação de câmeras nos uniformes policiais e viaturas blindadas, não foram cumpridas, deixando os agentes desmotivados e sem ferramentas adequadas para combater o crime. Essa negligência fortaleceu facções criminosas, que expandiram sua influência em Salvador, na Região Metropolitana e no interior. Diferentemente de Wagner e Costa, que, apesar de falhas, tentaram reforçar a estrutura policial, Jerônimo é criticado por sua inação, com relatos de prefeitos pressionados a lidar com a criminalidade sem apoio estadual.
A educação, outro pilar crítico, também reflete o fracasso do PT na Bahia, com Jerônimo agravando a situação. Apesar de avanços no Ideb – com aumento de 102% no Ensino Fundamental II e 30% no Ensino Médio entre 2005 e 2021 –, a Bahia permanece na 9ª posição nacional no ensino médio, com nota de 3,5 em 2021. Esses números, embora melhores que em 2005, são insuficientes para 18 anos de governo contínuo do PT.
Como secretário de Educação (2019-2022), Jerônimo implementou programas como Bolsa Presença e Educar para Trabalhar, mas essas iniciativas foram criticadas por serem paliativas, sem promover reformas estruturais. Desde 2023, como governador, ele não apresentou avanços na ampliação do ensino em tempo integral ou na redução da evasão escolar. A infraestrutura escolar segue precária, com denúncias de fechamento de unidades, o que reforça a percepção de abandono do setor. Comparado a Wagner e Costa, que investiram R$ 3,5 bilhões em educação (ainda que com resultados limitados), Jerônimo não entregou obras ou programas de impacto.
Jaques Wagner e Rui Costa, apesar de suas gestões terem sido marcadas por aumento da violência e desafios educacionais, conseguiram consolidar a hegemonia do PT na Bahia. Wagner derrotou o "carlismo" em 2006, e Costa alcançou 75% dos votos em 2018. Ambos implementaram algumas obras de infraestrutura, ainda que insuficientes. Jerônimo, por outro lado, herdou um estado com bases estabelecidas, mas não conseguiu avançar.
Falta de Entregas: Um Governo Inerte
Desde janeiro de 2023, Jerônimo Rodrigues não apresentou realizações relevantes. Promessas como novos hospitais regionais, ampliação do Planserv e modernização da PM não saíram do papel. Suas visitas a 309 dos 417 municípios baianos parecem mais uma estratégia eleitoral para 2026 do que um esforço para entregar resultados. Mesmo com uma base aliada que elegeu 309 prefeitos em 2024, tensões internas no PT, incluindo disputas entre Wagner e Costa, e críticas de aliados como o senador Angelo Coronel (PSD) enfraquecem sua gestão.
Conclusão: Um Legado de Fracasso
A violência explodiu devido à falta de investimento na Polícia Militar e à ausência de respaldo aos agentes de segurança, enquanto a educação permanece estagnada, com promessas não cumpridas e infraestrutura precária. Comparado a Jaques Wagner e Rui Costa, que, apesar de suas falhas, deixaram alguma marca, Jerônimo é o pior governador do PT na Bahia desde 2007, incapaz de entregar resultados e agravando problemas históricos. Com a eleição de 2026 no horizonte, sua administração pode comprometer a hegemonia do PT, enquanto a população baiana sofre com desemprego, insegurança e abandono educacional.
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