Cúpula do Brics transforma Rio em fortaleza com caças e interdições

O presidente Lula assinou, na terça-feira (1º), o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), vigente de 2 a 9 de julho, autorizando a operação
Por: Brado Jornal 04.jul.2025 às 07h59
Cúpula do Brics transforma Rio em fortaleza com caças e interdições
Pablo Porciuncula - 3.jul.25/AFP

A 17ª Cúpula do Brics, marcada para os dias 6 e 7 de julho no Museu de Arte Moderna (MAM), no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, mobiliza um esquema de segurança sem precedentes, com mais de 20 mil agentes das Forças Armadas e forças estaduais. Com a presença de líderes de mais de 20 países, a cidade enfrenta bloqueios de vias, restrições de acesso e o fechamento temporário do aeroporto Santos Dumont durante o evento.

O presidente Lula assinou, na terça-feira (1º), o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), vigente de 2 a 9 de julho, autorizando a operação. Nos dias 6 e 7, o Santos Dumont será fechado, com voos redirecionados ao Galeão, que também terá policiamento reforçado e possíveis bloqueios na Linha Vermelha e avenida Brasil. A Infraero informou que as companhias aéreas decidirão sobre a realocação de voos.

O esquema de segurança inclui caças armados com mísseis, aviões-radar E-99M, snipers em prédios próximos ao MAM e ao trajeto das comitivas, além de equipamentos antidrones. A legislação prevê que aeronaves não autorizadas em áreas de exclusão aérea podem ser abatidas por ordem do presidente ou do comandante da Aeronáutica, medida usada anteriormente apenas na Olimpíada de 2016. A Marinha patrulha a Baía de Guanabara, protegendo infraestruturas como cabos submarinos no Recreio.

Cerca de 17 mil policiais civis e militares, junto ao programa Segurança Presente, reforçam a operação com câmeras de reconhecimento facial, leitura de placas, drones e helicópteros. O Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) Móvel ficará próximo ao MAM, enquanto o Comitê Executivo de Segurança Integrada Regional (Cesir) opera na Praça Onze. A Polícia Civil instalou uma Central de Flagrantes na Cidade da Polícia, com equipes especializadas em idiomas, inteligência, perícia e antibombas.

A movimentação começou na quinta-feira (3) com a chegada de delegações. Na sexta (4), o hotel Fairmont, em Copacabana, sedia a reunião de ministros de Finanças e do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB). No sábado (5), eventos simultâneos ocorrem no Museu de Arte do Rio, no Píer Mauá e com o NDB, gerando bloqueios no Centro e na região portuária. No domingo e segunda, a Cúpula de Líderes no MAM e o encontro de Jovens Líderes no Palácio do Comércio são os destaques.

A prefeitura decretou ponto facultativo na sexta e feriado municipal na segunda, recomendando evitar áreas afetadas. A avenida Atlântica, em Copacabana, será interditada das 22h de sábado até 23h59 de segunda, com acesso ao bairro restrito a moradores com comprovante. Ruas como Rodolfo Dantas, Prado Júnior, República do Peru, trechos de Nossa Senhora de Copacabana e Barata Ribeiro também terão controle. A orla da Zona Sul e o Aterro do Flamengo ficarão fechados para lazer durante a cúpula.

O deslocamento das autoridades será por terra, ar ou mar, com soldados nas principais vias, como avenida Atlântica e Aterro do Flamengo, além de grades de contenção em Copacabana e Flamengo, impactando a rotina nas zonas sul e central.




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